quinta-feira, junho 30, 2016
PORQUE JULHO COMEÇA JÁ AMANHÃ
Henri Matisse (1869 - 1954),
Le Pas du patinateur «le lancé», 1938 Linogravure - Linocut 20,5 x 14,7 cm
AGENDA PARA JULHO DE 2016
Proposta
de Luisa
Dia
7 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Vou”
para formar as nossas palavras.
A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e
exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre
ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a
mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a
sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas
facultativo e um complemento.
Dia
14 - Reticências
com
a frase “ À
espera, talvez ”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
21
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de Luisa.
Dia
28
– Fotografando
as palavras de outros sobre
CASA
A
antiga
casa que os ventos rodearam
Com
suas noites de espanto e de prodígio
Onde
os anjos vermelhos batalharam
A
antiga casa de inverno em cujos vidros
Os
ramos nus e negros se cruzaram
Sob
o íman dum céu lunar e frio
Permanece
presente como um reino
E
atravessa meus sonhos como um rio
Sophia
de Mello Breyner Andresen
OBRA
POÉTICA III (3ª edição)
Junho
de 1999
Editorial
Caminho
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Licínia
Dia
30 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
«O
pior de tudo eram os outros velhos com quem partilhava o quarto,
havia sempre um que gemia, praguejava ou gritava, outro que queria
ouvir um relato de futebol na rádio. Sem falar das visitas, famílias
inteiras que vinham rapidamente inteirar-se dos acamados e partiam
logo a seguir, e eram substituídas por outras que se aglomeravam em
volta de outra cama e, tal como as primeiras, enchiam o quarto de
cestos com comida, sacos de laranjas e crianças que choravam. Não
era possível conversar, muito menos ouvir música.»
Teolinda
Gersão, em Os teclados, Sextante Editora, pág. 59
quinta-feira, junho 23, 2016
AGENDA PARA JUNHO DE 2016
Proposta
de Licínia
Dia
30 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
«O
pior de tudo eram os outros velhos com quem partilhava o quarto,
havia sempre um que gemia, praguejava ou gritava, outro que queria
ouvir um relato de futebol na rádio. Sem falar das visitas, famílias
inteiras que vinham rapidamente inteirar-se dos acamados e partiam
logo a seguir, e eram substituídas por outras que se aglomeravam em
volta de outra cama e, tal como as primeiras, enchiam o quarto de
cestos com comida, sacos de laranjas e crianças que choravam. Não
era possível conversar, muito menos ouvir música.»
Teolinda
Gersão, em Os teclados, Sextante Editora, pág. 59
10. Rocha/Desenhamento
8. M.
Um
dos Cristos de José Rodrigues no Convento San Payo, Vila Nova de
Cerveira
«Toda
a pessoa que sofre, qualquer indivíduo que passa ali na esquina e
que é pobre, que passa sacrifícios, que tem fome, que é alvo de
injustiças é Cristo, e é nessa perspetiva que eu retrato o homem
chamado Cristo.»
José Rodrigues
4. Isabel (nova participante)
Saudando o Verão
É com muito gosto que recebemos a Isabel no nosso grupo. Também podemos encontrá-la aqui:
http://fotografiasdaquiedali.blogspot.pt/
M
2. Benó
Não sou adepta de vestir árvores, gradeamentos, postos de sinalização, com crochés sejam eles executados em simples buracos e cheios ou em trabalhos mais elaborados. No entanto, reconheço a habilidade de quem os executa e a paciência da aplicação, sabendo, contudo, que o sol lhes irá tirar a cor ou algumas mãos amigas do alheio os farão desaparecer de um dia para o outro.
Este arbusto encontra-se em Sagres, no jardim duma senhora bastante idosa que passa muito do seu tempo na confeção dos ditos crochés. Creio que esta é uma obra digna de figurar no nosso Jornal de Parede.
Este arbusto encontra-se em Sagres, no jardim duma senhora bastante idosa que passa muito do seu tempo na confeção dos ditos crochés. Creio que esta é uma obra digna de figurar no nosso Jornal de Parede.
Benó
quinta-feira, junho 16, 2016
10. Teresa Silva
Tenho
alguma dificuldade em falar desta fotografia. Vejo a figura do rapaz
reflectida na água e pergunto: - Será que vai mergulhar na piscina
ou no tanque? Mas se fosse tirava os óculos. Deve, portanto, estar a
fazer qualquer reparação num cano ou no repuxo. E veio de carro,
presumo.
Teresa
Silva
9. Rocha/Desenhamento
Eis
como o real, aparentemente arrumado, nos confunde quanto à exacta
postura dos planos. E os actos, as distâncias, as evidências.
Reconheço as coisas mas não sei exactamente onde estão e como. Há
uma balaustrada à frente, do outro lado, um homem ajeita não se
sabe o quê. Atrás dele talvez os meus olhos destilem dois degraus
de uma arquitectura do nosso tempo como é tudo neste imbróglio
acintoso de planos. Depois das escadas, vejo claramente um carro e
bem parece que está estacionado numa garagem de porta aberta diante
de nós. Mas a terra não tratada atrás do carro, à esquerda,
levanta novas dúvidas e só nos faltava que o carro fosse um placard
publicitário ou a coisa real entalada num espaço meio absurdo,
aberto para cá e para lá.
Como
se pode achar, sei tudo o que vejo mas não vejo a circunstância do
real. Parabéns, Licínia.
Rocha
de Sousa
8. Mena M.
À
primeira vista quis parecer-me que este senhor estava a tentar puxar
alguém, mas olhando melhor percebi que era o seu reflexo.
Por
vezes temos que dar a mão a nós próprios para sairmos dos buracos
onde nos metemos...
Mena
7. M.
Ui
o que havia de me acontecer! Deixar cair o meu telemóvel dentro de
água é trágico nos tempos de hoje. Como vou agora falar com os
meus amigos?
M
6. Luisa
O
rapaz perdeu qualquer coisa de muito valioso. Põe os óculos,
debruça-se sobre o pequeno lago e procura com toda a minúcia um
objecto. O que será? Talvez o brinco lhe tenha caído da orelha
quando travou bruscamente o potente carro ao ver a namorada que o
esperava para irem ver as noivas de Santo António.
Luisa
5. Licínia
Era
uma vez… um carro parado, um homem vergado, um lago quebrado. O
lago consertado, o homem cansado, o dia terminado, o carro, esse,
parado. Bendito e louvado o conto contado.
Licínia
4. Justine
Olhem
bem o que havia de me acontecer! Distraído a atender o telemóvel
deixo cair as chaves do carro e agora não as consigo encontrar! Não
estão dentro da água, não as vejo na berma… será que caíram
dentro da sarjeta? Mas que pouca sorte a minha! Logo hoje, que a
Ricardina decidiu finalmente aceitar o meu convite para jantar…
Justine
3. Bettips
Ao
olhar este homem a trabalhar curvado, os pensamentos entrecruzam-se
com as palavras e as promessas, ouvidas nos anos 60/inícios de 70.
Quando começava o progresso da automatização, a globalização e
outros "ãos" de pouco interesse agora, para a ideia que
quero desenvolver.
… que
as máquinas substituiriam muitos trabalhos braçais, que o tempo
sobraria para o ser humano ser mais livre e saborear a vida, a
família, a cultura, enfim, o lazer.
Sabendo
das dificuldades dos mais velhos e da roda de dentes perigosos em que
se transformou a vida de trabalho dos mais novos, sinto-me com ideias
amargas. Assim, ao olhar esta fotografia, lembrei o livro "Progresso
técnico, progresso moral", desse tempo antigo de sonhos. (1963,
publicações Europa-América, com textos de vários autores, das
conferências durante os "Encontros Internacionais de Genebra").
Bettips
2. Benó
O
homem é vaidoso, por natureza, mas naquele dia vestira uma nova
camisa. Achou-se o máximo e, tal Narciso enamorado de si próprio,
debruçou-se na água do pequeno lago e perguntou: Espelho meu quem é
mais bonito do que eu?
Benó
1. Agrades
Olho
a foto e
vejo
linhas: retas, cruzadas, quebradas, mistas;
Vejo
gente à procura, reflexo, investigação;
Vejo
viagem, partida ou chegada.
Agrades
quinta-feira, junho 09, 2016
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Licínia
Dia
9 - Reticências
com
a frase “Às
vezes ao acordar”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
8. Mena M.
Às vezes ao acordar, abro de imediato a janela da alma para arejar os pesadelos que me atormentaram de noite.
Mena
7. M.
Às vezes ao acordar a luz da manhã beija-me ao de leve as pálpebras sonolentas e fala-me ao ouvido com voz amiga para me ajudar a levantar.
M
6. Luisa
5. Licínia
4. Justine
Às vezes ao acordar, nas manhãs em que se ouve lá fora o vento e a chuva a discutirem com as árvores do jardim, a mulher recorda o tempo em que, menina em idade de ir à escola, acordava com a voz da mãe a dizer-lhe que já eram horas de se levantar. E ela, enrolada no calor das mantas, ia inventando mil desculpas para retardar a altura de deixar o conforto da cama, até ao derradeiro momento em que a mãe, já irritada, a puxava por um braço e a obrigava a começar o seu dia! Hoje, às vezes ao acordar, ainda lhe apetece fazer o mesmo…
Justine
3. Bettips
2. Benó
Às vezes ao acordar, sinto uma preguiça enorme para me levantar. Estico uma perna, ponho um pé de fora, tateio a cama e sinto que ao meu lado ainda dorme quem comigo se deitou. Posso ficar mais um pouco, penso, mas o barulho das gaivotas no telhado é tanto que dum salto abro a janela e bato as palmas para se irem embora e nos deixarem descansar mais meia hora.
Benó
1. Agrades
As vezes ao acordar interrogo-me como será o dia, o que irá acontecer, o que me espera, o que nos espera.
Agrades
quinta-feira, junho 02, 2016
AGENDA PARA JUNHO DE 2016
Proposta
de Licínia
Dia
9 - Reticências
com
a frase “Às
vezes ao acordar”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Licínia
Dia
2 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Ter”
para formar as nossas palavras.
A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e
exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre
ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a
mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a
sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas
facultativo e um complemento.
7. Luisa
6. Licínia
4. Jawaa
Ter um jardim privado ou ter o jardim público dos campos... não fico a perder, este é mais rico na sua diversidade e beleza ímpar!
Jawaa
2. Benó
Termóstato
O que seria um frigorífico sem o seu termóstato?
Seria uma caixa fechada, bem vedada, sem ventilação e onde os alimentos que lá estivessem acabariam por entrar em modo de putrefacção.
Um electrodoméstico imprescindível nas nossas cozinhas dos dias de hoje mas também de utilização dispensável e até desconhecida de muito ser humano habitante neste universo de hábitos tão díspares.
Benó
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