Dia
15
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de M.
quinta-feira, janeiro 25, 2018
AGENDA PARA FEVEREIRO DE 2018
Leonardo - Cannoni con proiettili esplosivi
Milano, Biblioteca Ambrosiana
Proposta
de M
Dia
1 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “
Ban” para
formar as nossas palavras.
A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e
exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre
ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a
mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a
sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas
facultativo e um complemento.
Dia
8 - Reticências
com
a frase “A
brincar”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
15
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de M.
Dia
22
– Fotografando
as palavras de outros sobre o texto
FRUTO
Por
um desvio semântico qualquer, que os filólogos ainda não
estudaram, passámos a chamar manhã à infância das aves. De facto
envelhecem quando a tarde cai e é por isso que ao anoitecer as
árvores nos surgem tão carregadas de tempo.
Carlos
de Oliveira, Trabalho
Poético,
Assírio & Alvim, Novembro 2003
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Luisa
Dia
25
– Fotografando
as palavras de outros sobre
o seguinte poema
Uma
após uma as ondas apressadas
Enrolam o seu verde movimento
E chiam a alva spuma
No moreno das praias.
Uma após uma as nuvens vagarosas
Rasgam o seu redondo movimento
E o sol aquece o spaço
Do ar entre as nuvens scassas.
Indiferente a mim e eu a ela,
A natureza deste dia calmo
Furta pouco ao meu senso
De se esvair o tempo.
Só uma vaga pena inconsequente
Pára um momento à porta da minha alma
E após fitar-me um pouco
Passa, a sorrir de nada.
Obras Completas de Fernando Pessoa, IV Odes de Ricardo Reis
Edições Ática – Lisboa, Outubro 1983
Enrolam o seu verde movimento
E chiam a alva spuma
No moreno das praias.
Uma após uma as nuvens vagarosas
Rasgam o seu redondo movimento
E o sol aquece o spaço
Do ar entre as nuvens scassas.
Indiferente a mim e eu a ela,
A natureza deste dia calmo
Furta pouco ao meu senso
De se esvair o tempo.
Só uma vaga pena inconsequente
Pára um momento à porta da minha alma
E após fitar-me um pouco
Passa, a sorrir de nada.
Obras Completas de Fernando Pessoa, IV Odes de Ricardo Reis
Edições Ática – Lisboa, Outubro 1983
8.Teresa Silva (Por erro meu não publiquei a fotografia da Teresa em devido tempo, juntamente com as outras. Para não a colocar muito fora do alinhamento, achei que aqui ficava em família.)
7. Mena M.
quinta-feira, janeiro 18, 2018
AGENDA PARA JANEIRO DE 2018
Proposta
de Luisa
Dia
25
– Fotografando
as palavras de outros sobre
o seguinte poema
Uma
após uma as ondas apressadas
Enrolam o seu verde movimento
E chiam a alva spuma
No moreno das praias.
Uma após uma as nuvens vagarosas
Rasgam o seu redondo movimento
E o sol aquece o spaço
Do ar entre as nuvens scassas.
Indiferente a mim e eu a ela,
A natureza deste dia calmo
Furta pouco ao meu senso
De se esvair o tempo.
Só uma vaga pena inconsequente
Pára um momento à porta da minha alma
E após fitar-me um pouco
Passa, a sorrir de nada.
Enrolam o seu verde movimento
E chiam a alva spuma
No moreno das praias.
Uma após uma as nuvens vagarosas
Rasgam o seu redondo movimento
E o sol aquece o spaço
Do ar entre as nuvens scassas.
Indiferente a mim e eu a ela,
A natureza deste dia calmo
Furta pouco ao meu senso
De se esvair o tempo.
Só uma vaga pena inconsequente
Pára um momento à porta da minha alma
E após fitar-me um pouco
Passa, a sorrir de nada.
Obras
Completas de Fernando Pessoa, IV Odes de Ricardo Reis
Edições Ática – Lisboa, Outubro 1983
Edições Ática – Lisboa, Outubro 1983
11. Zambujal
Uma foto destas, tão tranquila, apaziguadora, ensolarada, com o marzinho a espreitar, num tempo destes, nas turbulências destes tempos… só pode ser provocação!
Zambujal
10. Teresa Silva
Bonita fotografia com luz e sombra e um fantástico azul de fundo. Um óptimo terraço para passar as tardes de Verão.
Teresa Silva
9. Rocha/Desenhamento
Não basta olhar para ver. Dentro dos meus olhos está integrada a imagem de uma casa, aparentemente "posto" de qualquer actividade, finanças, correio, notariado, turismo. Mas o ver será sempre o aprofundamento destas hipóteses, completando-se entre o sentido e a poética do local.
Rocha de Sousa
8. Mena M.
Quedei-me dentro do olhar, sem palavras, só com um desejo imenso de me sentar nesse muro, com as pernas para o lado de fora, a contemplar o mar, que tanta falta me faz nesta latitude.
Mena
6. Luisa
Quando
passei por aquela casa, lembrei-me da minha infância, quando à hora
que mais apetecia estar na praia, era obrigatório o refúgio da
sombra e a abominável sesta.
Luisa
5. Licínia
O
POEMA
Que te
posso dizer daqui da beira-mar
se não
anunciar que o poema nasceu?
Uma
batida incerta a querer romper o peito,
uma
breve tontura, uma agonia quase.
O mar
vizinho, sempre inconformado,
apertado
entre os céus e os fundos abissais.
O
cheiro intenso a peixe, a náusea do que fomos,
a
seduzir os braços do poema.
Ele aí
vai, a roçagar escamas de luz,
febril,
bamboleante, ébrio de sons,
ensaiando
o nome do silêncio,
na
estrada atapetada de algas e de búzios.
Em
eterna vigília ficará, te digo,
o
poema nascido à beira-mar.
Este
poema nasceu em 2002, exactamente no local que a foto da Luísa
ilustra. Por isso…
Licínia
4. Justine
Olhando
para a pequena vitrine na parede, que me parece lugar para afixar
informações, horários e outras coisas parecidas, presumo que
aquele portão, fechado por ser época invernosa, seja a entrada de
uma piscina pública, instalada em lugar privilegiado e que eu muito
gostaria de visitar se a Luísa nos desvendar o segredo da sua
localização!
Fotografia muito luminosa e muito sugestiva!
Fotografia muito luminosa e muito sugestiva!
Justine
3. Isabel
A
foto é muito bonita e inspira tranquilidade. Transporta-nos para o
tempo doce e quente das férias e eu só consigo pensar - meu Deus,
quando é que fico definitivamente de férias/ aposentada, para
poder ir para a praia sempre que quero, e fazer tanta coisa que gosto
e que agora não consigo fazer porque me falta o tempo!
Resigno-me e vou-me deitar, porque já é tarde e amanhã tenho que me levantar cedo. Mas tenho a certeza que vou sonhar com o mar!
Resigno-me e vou-me deitar, porque já é tarde e amanhã tenho que me levantar cedo. Mas tenho a certeza que vou sonhar com o mar!
Isabel
2. Bettips
Grécia,
um amor de Sophia de Mello Breyner Andresen
“Quando
morrer
voltarei
para buscar
os
momentos que não vivi
junto
do mar”
Ah,
bem sei que não é a Grécia... mas sinto o desejo de Sophia: e nem
o mar bravo me arrancaria daquele terraço, daquele olhar.
Bettips
1. Agrades
Concentro-me na foto, fecho os olhos, e sei de cor os azuis do mar, o barulho das ondas e o cheiro da maresia.
Agrades
quinta-feira, janeiro 11, 2018
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Luisa
Dia
11 - Reticências
com
a frase “Vamos
à procura”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
10. Zambujal
8. Mena M.
7. M.
Vamos à procura dos músicos. Não os oiço nem o toque efusivo dos sinos canta na serra. Talvez estejam a descansar. Imóveis os sinos na torre da igreja, os homens no adro, em conversa animada depois de saborosa refeição, a chanfana e o vinho da região a seduzir-lhes os sentidos. Os mordomos encarregados de organizar as festividades da padroeira da aldeia esmeraram-se na tarefa, que o acontecimento é de relevo numa povoação determinada em manter na memória esta parte da vida que lhe pertence. Escolheu-se a banda, ter-se-ão ajustado os euros a pagar, quantos não faço ideia. As conversações terão demorado várias horas, propostas e contrapropostas, assim me diz a experiência da minha vivência naquele lugar onde cada um observa o outro, nas mãos o copo de vinho da adega da casa, ou de aguardente, oferecidos entre palavras ditas e pensamentos resguardados. O contrato habitual é que toquem os músicos na missa e, finda esta, acompanhem solenemente a procissão atrás do padre e dos andores com as imagens dos santos. Só depois almoçam no salão da Junta de Freguesia, envolvidos pela azáfama das mulheres a servir convidados e mordomos. Um dia de alvoroço na rotina da existência. Festas desejadas ainda pelos escassos habitantes e pelos seus familiares emigrados que em Setembro revivem por breves dias a história de um tempo. Sim, encontrei-os no lugar por mim previsto. A fazer a digestão dos petiscos beirões e a prepararem-se para de novo subir e descer a rua principal da aldeia a tocar, antes de regressarem às suas terras. E eu, comovida, ouvi-os. Como sempre. Naquele momento e na grata lembrança das férias de verão da minha meninice.
M
5. Licínia
4. Justine
Vamos à procura, muitas vezes, da alegria, da paz interior ou da harmonia em lugares remotos, em cargos de poder ou em acumulação de bens materiais. Engano nosso: os caminhos que mais rapidamente nos permitem aceder a esses estados de tranquilidade estão dentro de nós, ao nosso alcance, e são despertos por um gesto de atenção, de ternura, de amizade. Ou então pelas coisas mais simples que a natureza, generosa, nos oferece. São essas coisas simples mas primordiais que nos permitem os fulgores de felicidade que iluminam o nosso quotidiano.
Justine
3. Isabel
Vamos
à procura
muitas vezes do que já temos.
Somos
eternos insatisfeitos, numa busca constante.
É
assim que a felicidade nos escapa.
Quando
reparamos, já é tarde demais!
Isabel
2. Bettips
Vamos à procura da face das pessoas, tentando ver pelas suas expressões a verdade ou o sentido das vidas. Mas, a maior parte das vezes, tanto faz vê-los de frente como de costas: os motivos das emoções escondem-se sob a pedra opaca dos sentimentos que não adivinhamos. E, tantas vezes, não são sequer verbalizados com sinceridade.
Bettips
(Alcázar dos Reyes Cristianos, Córdoba)
sexta-feira, janeiro 05, 2018
A BELEZA DAS PALAVRAS
Nous aimons la vie autant que possible
Et nous, nous aimons la vie autant que possible
Nous dansons entre deux martyrs.
Entre eux, nous érigeons pour les violettes un minaret ou des palmiers
Nous aimons la vie autant que possible
Nous volons un fil au ver à soie pour tisser notre ciel, clôturer cet exode
Nous ouvrons la porte du jardin pour que le jasmin inonde les routes comme une belle journée
Nous aimons la vie autant que possible
Là où nous résidons, nous semons des plantes luxuriantes et nous récoltons des tués
Nous soufflons dans la flûte la couleur du lointain, lointain, et nous dessinons un hennissement sur la poussière du passage
Nous écrivons nos noms pierre par pierre.
Ô éclair, éclaire pour la nuit, éclaire un peu
Nous aimons la vie autant que possible
Mahmoud Darwich (1941-2008)
Retirado da net
Et nous, nous aimons la vie autant que possible
Nous dansons entre deux martyrs.
Entre eux, nous érigeons pour les violettes un minaret ou des palmiers
Nous aimons la vie autant que possible
Nous volons un fil au ver à soie pour tisser notre ciel, clôturer cet exode
Nous ouvrons la porte du jardin pour que le jasmin inonde les routes comme une belle journée
Nous aimons la vie autant que possible
Là où nous résidons, nous semons des plantes luxuriantes et nous récoltons des tués
Nous soufflons dans la flûte la couleur du lointain, lointain, et nous dessinons un hennissement sur la poussière du passage
Nous écrivons nos noms pierre par pierre.
Ô éclair, éclaire pour la nuit, éclaire un peu
Nous aimons la vie autant que possible
Mahmoud Darwich (1941-2008)
Retirado da net
quinta-feira, janeiro 04, 2018
AGENDA PARA JANEIRO DE 2018
Proposta
de Luisa
Dia
11 - Reticências
com
a frase “Vamos
à procura”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Luisa
Dia
4 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “
Mu” para
formar as nossas palavras.
A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e
exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre
ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a
mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a
sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas
facultativo e um complemento.
9. Rocha/Desenhamento
Mudar
de vida, saltar no tempo , entre os dias 30 e 31 pode revelar uma
nova dimensão vivencial, mudando
para quatro níveis os planos da consciência e a razão de ser da
violência em redor, mutação
da própria vida, apesar de tudo na esperança de um mundo
novo, do arranjo pacificado dos quadros do quadro contemporâneo,
digital, aqui apresentados.
Rocha de Sousa
7. M.
Simulacro
Em Novembro de 2011, andava eu a passear pelas ruas do bairro Mouraria em Lisboa, encontrei várias casas em ruínas onde tinham sido colocadas fotografias nas janelas que mostravam contextos possíveis naquele ambiente, não estivesse ele degradado. Esta era uma delas. Achei uma chamada de atenção e iniciativa muito interessantes. Se o problema da degradação evidente se resolveu é que não faço ideia porque nunca mais lá voltei.
M
2. Bettips
Mudéjar
Trata-se
da Ermida de Santo André, à entrada de Beja, de estilo gótico-mudéjar, finais do séc. XV. Embora haja quem atribua a sua
construção ao tempo de D. Sancho I, aquando da primeira conquista
de Beja aos mouros, esta reconstrução é posterior. Mudéjar deriva
da palavra árabe que significa "doméstico/domesticado" e
designa os muçulmanos que se mantiveram em territórios conquistados
pelos cristãos. Gosto
muito da palavra mudéjar e o que significa; além de que este
estilo, que incorpora elementos ibero-muçulmanos, é único na
Península Ibérica.
Bettips
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