Gosto muito da floresta, da floresta quase selvagem como em São Tomé e acompanhada de um amigo sem GPS ou a floresta a fingir que é selvagem como em Monsanto acompanhada de um amigo com GPS, a verdade é que nunca me aventurei sozinha, tenho pouco sentido de orientação na Natureza, não distingo espécies de árvores por exemplo, e tenho medo dos seres selvagens da floresta, apesar de nunca os ter visto. Proponho um exercício: uma caminhada pela floresta, mesmo sentados no sofá, fechem os olhos por momentos. Que sensação têm? Vão acompanhados ou sozinhos/as? A via que seguem é uma estrada, um caminho ou uma aventura no meio das árvores? Continuando a caminhada e encontram um jarro, pegam no jarro, veem o que tem ou ignoram? A seguir encontram uma chave, o que fazem? Chegando um pouco mais à frente encontram água, como reagem, de que forma aparece a água, um rio, mar, um charco? Continuando a caminhada encontram uma casa, o que fazem, como é a casa? A seguir encontram uma gruta, o que fazem? Gostava de saber como é a vossa floresta!
Mónica
9 comentários:
É quase um desafio policial. O que o investigador dirá é que não é uma floresta mas uma mata perto de casa
Luisa
A "minha" floresta tem de ser explorada com um guia experiente a acompanhar-me, por trilhos já bem pisados, sem jarros misteriosos, a chave foi perdida pelo guia na viagem anterior, no charco estão pacíficas aves a beber água, e quando chegamos à casa espera-nos um lanche revigorante. A gruta fica no outro trilho!
Pano para mangas. tTalvez um dia destes escreva qualquer coisa.
Eu, Mónica, iria de olhos bem abertos, de máquina fotográfica em punho, de preferência com alguém com muito entusiasmo pela aventura e uma dose extra de paciência, que isto de fotografar leva o seu tempo e a floresta é rica em plantas e animais.
Eu, Mónica, só ia com alguém experiente e conhecedor do sítio. De resto, acho que me entusiasmaria com tudo o que descreves. Gostaria mais de ir por um caminho no meio das árvores, espreitaria o jarro, se fosse um rio descalçava-me e molhava os pés, se fosse mar procurava u marco ao longe, se fosse um charco atirava uma pedra para ver o que acontecia, se encontrasse uma chave ficava a pensar se havia de a guardar ou não, se aparecesse uma casa e tivesse a chave tentava abrir a porta, mas antes espreitava se houvesse uma janela, ou batia à porta. Se não tivesse chave, só batia à porta e se alguém me respondesse, avisava que tinha visto uma chave no caminho. A casa tinha de ser de pedra, com uma chaminé a fumegar e uma porta de madeira carunchosa. Na gruta não entrava, não fosse haver lá dentro morcegos nojentos que se agarrariam aos meus cabelos.
Lá em cima devia estar escrito "procurava um barco".
Mena e M. o disseram como penso, a partir do sofá.
Mas também me lembrei do fascínio de "Alice no País das Maravilhas" quando encontra o buraco que a leva para um mundo desconhecido e de surpresas.
Gostei, sim, das florestas, mesmo pequenas, que explorei na minha vida; mas agora a minha floresta é feita de livros e imagens.
É um quiz espectacular, Mónica! Só agora o vi! Sem GPS, c/ guia (de preferência), deixava o jarro jarrar, molhava os pézinhos e ignorava a chave. Se estivesse c/ sede e/ou fome bateria à porta da casa de pedra... Imaginando o cenário proposto, relembra-me 1 Cirque du Soleil a que assisti há una anos. Maravilha! Cores e seres!
Obrigada pelas respostas, aqui vão os significados:
Floresta – é a nossa vida
Os caminhos - como vemos a vida ou como é a nossa vida
Acompanhados ou sós – como estamos na vida
Jarro - é o passado
Chave – é a cultura
Agua – é a vida sexual
Casa - é a família futura
Gruta – é a morte
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