CREPÚSCULOS
(entardecer/amanhecer)
Teria os meus 14/15 anos, em férias no Zambujal (como eram compridas as férias…), num entardecer, escrevi um postal para o meu avô materno, homem de arroubos literários e teatrais. Dizia-lhe o que sentia: a beleza do pôr do sol, as cores esmaecendo, os murmúrios e os silêncios parecendo respeitar o silêncio que ouvia em mim; se foi isto que escrevi (mais ou menos…), lembro-o porque, hoje, lembro a resposta: o agrado e a estranheza pela nostalgia do meu postal, a valorização do amanhecer, do nascer do sol, das coisas a ganharem forma e cor, dos ruídos a acordarem e a confundirem-se em sons de vida nascida. Do que nos lembramos ao(s) crespúsculo(s)…
Zambujal
6 comentários:
Bonita fotografia
Os deuses que nos acompanham. Vida fora.
Como as memórias nos acompanham quando surge uma simples palavra.
Luisa
Uma fotografia belíssima, de uma pureza imensa e palavras cheias de vida perante a vida que nos rodeia e nos acompanha.
Muito bonita esta árvore já só com 4 folhas
Teresa
Eu sou mais da opinião do teu avô!
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