quinta-feira, outubro 08, 2020

11. Zambujal

                                           CREPÚSCULOS

                                     (entardecer/amanhecer)

 

Teria os meus 14/15 anos, em férias no Zambujal (como eram compridas as férias…), num entardecer, escrevi um postal para o meu avô materno, homem de arroubos literários e teatrais. Dizia-lhe o que sentia: a beleza do pôr do sol, as cores esmaecendo, os murmúrios e os silêncios parecendo respeitar o silêncio que ouvia em mim; se foi isto que escrevi (mais ou menos…), lembro-o porque, hoje, lembro a resposta: o agrado e a estranheza pela nostalgia do meu postal, a valorização do amanhecer, do nascer do sol, das coisas a ganharem forma e cor, dos ruídos a acordarem e a confundirem-se em sons de vida nascida. Do que nos lembramos ao(s) crespúsculo(s)…

Zambujal

6 comentários:

Mónica disse...

Bonita fotografia

bettips disse...

Os deuses que nos acompanham. Vida fora.

Anónimo disse...

Como as memórias nos acompanham quando surge uma simples palavra.
Luisa

M. disse...

Uma fotografia belíssima, de uma pureza imensa e palavras cheias de vida perante a vida que nos rodeia e nos acompanha.

Anónimo disse...

Muito bonita esta árvore já só com 4 folhas

Teresa

Justine disse...

Eu sou mais da opinião do teu avô!