quarta-feira, dezembro 29, 2021

4. Licínia

Eu a aprender o silêncio,

a fala, o grito,

a voz e a sua negação.

Tudo.

 

Na minha aprendizagem, a ajuda 

do pequeno visitante de corpo alado,

a espiar-me por entre a folhagem do salgueiro.

 

Não se demora na lição do dia.

Parte desenhando no azul

a sua escolha da vastidão,

da liberdade.

 

Eu a procurar merecer o seu ensinamento.

 

Licínia

5 comentários:

M. disse...

Muito belo, Licínia.

mena maya disse...

Lindos, a imagem e o poema, Licínia!

Justine disse...

Muito bom, cara amiga poetisa!

bettips disse...

E os teus poemas surgem, de pensamentos, pardais e a doçura do odor das flores.

Mónica disse...

passaro camuflado, deve ter vindo da fotografia da Luisa