Solidão – Um momento em que um solitário passa na Praça do Comércio, seria entre as 8 e as 9 da manhã, talvez a caminho do trabalho como eu, um momento privilegiado de solidão, nos tempos que correm estar só na Praça do Comércio é uma sorte, e que escapou a um banho do “repuxo” que existe ali, as gotas de água que se veem à esquerda do solitário. Trata-se de um sumidouro que, quando a maré está cheia, há ciclicamente uma onda que bate algures abaixo da cota da rua, a água entra com tal força pela descarga do sumidouro acima, que se eleva e faz um repuxo que banha as pessoas, os passeios e a estrada. Uma solidão sortuda.
Mónica
6 comentários:
Oportuna-a-mente. Explicada a fotografia, ficam as interrogações pelo fenómeno invulgar.
Uma solidão pouco solitária. Tanta gente afinal a sofrer do tal impacto
A figura do homem que passa, concentrado no mar, é o retrato de um momento de solidão sofrida
Muito bonita e cheia de significados esta fotografia. E adorei a palavra "sumidouro" que não conhecia. Uma palavra reveladora de uma certa atitude traiçoeira porque entra à socapa e atinge quem passa. Ao contrário de "repuxo", habitualmente emergente mas à vista de todos. E isto para dizer também que a solidão que a solidão dos outros nos passa muitas vezes despercebida.
Uma solidão escolhida. Bonita fotografia
Teresa
quase um baptimo de solidão. Um belo momento!
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