Aproveitando as meninas terem falado do meu jeito... É uma espécie de
resposta. Desta vez um quadro inventado por mim.
quarta-feira, fevereiro 05, 2025
O quadro pintado pela Bettips: uma homenagem
quinta-feira, janeiro 30, 2025
AGENDA DE DESAFIOS PARA FEVEREIRO DE 2025
Proposta de M
Palavras
Escolhi as palavras em baixo para
o desafio deste mês. Gosto delas. Penso que podem seduzir-nos e conversar muito
bem connosco. É bom dizê-las, ouvi-las, pensá-las. Interpretemo-las como quisermos
usando uma fotografia, um texto ou ambos.
Dia 6 – Traços
Dia 13 – Pontos
Dia 20 – Formatos
Dia 27 – Transparências
O DESAFIO DE HOJE
Proposta de Luisa
Detalhes
Façamos uma longa viagem ou fiquemos num local ou em casa durante largos dias, tudo acaba por se desvanecer excepto os pequenos detalhes que ficam na memória para sempre.
Assim recordemo-los:
Dia 2 – numa viagem
Dia 9 – num objecto com história
Dia 16 – numa festa familiar
Dia 23 – num acontecimento desagradável
Dia 30 – naquilo de que nunca nos separaremos
Podem ser fotos ou textos ou as
duas coisas, como vos apetecer.
quarta-feira, janeiro 29, 2025
9. Teresa Silva
Tenho dificuldade em separar-me da minha colecção de canetas. Estas são só uma parte. Agora que já não se escreve, nem com tinta nem com esferográfica, nem sei porque as mantenho.
Teresa Silva
8. Mónica
Naquilo de que nunca nos separaremos – boa questão que me pus quando há dias acordei com a cama a abanar e percebi que era um sismo. Em poucos segundos pensei se isto abana outra vez devia ir para a rua, vestir qualquer coisa mais apropriada do que o pijama, vestir o máximo de coisas, sapatos, botas, levar um casaco, escova de dentes, uma muda de roupa interior. Daqui num pulo vou à sala e o que levo, uma faca, um livro, uma fotografia, a minha carteira, o meu passaporte, em que saco meto as coisas, a minha mantinha, champô, sabonete, uma toalha, o meu telemóvel, um frasco de atum que depois de lavado serve de recipiente, um litro de leite sem lactose. E o meu computador, o meu disco externo com todas as minhas fotografias, não posso deixar para trás as minhas memórias. O sono foi mais forte e adormeci rapidamente. Decidi que aquilo de que nunca me separarei é do meu cartão multibanco. Será que devia dormir com o cartão multibanco na cabeceira? Depois ligo a televisão e vejo as imagens de guerra, dos prédios cortados ao meio, das pessoas em padiolas levadas para hospitais destruídos, das crianças a deambular pelos escombros, com latas à cabeça à procura de água, a comida enlatada que cai do céu. Acho que o melhor é nunca me separar do meu corpo inteiro.
Mónica
7. Mena M
Deu-me que pensar esta última proposta do mês. Difícil esse "nunca", depois das mais diversas experiências que já tive nestes 72 anos de vida. Assim sendo, espero nunca ter que me separar das memórias de todos os que têm passado por mim e que de uma maneira têm feito de mim uma pessoa melhor.
Mena
6. Margarida
O "nunca" é perigoso. Mas não vivo sem a minha agenda, ainda em Janeiro e já usada, manchada e gasta. Escrevo muito. Às vezes até o que não importa ou não interessa nem ao Menino Jesus. Quem a folheie vai-me conhecer um pouco.
Margarida