quarta-feira, março 19, 2025

3. Justine

 

Esta era uma das razões por que o Mounty foi um gato feliz nos seus 18 anos de vida: ele levantava-se suavemente da minha cama, dizia-me baixinho que ia ao jardim tratar das suas necessidades matinais, e ao entrar na cozinha dirigia-se direitinho ao canto dos seus pratos, pois sabia que eu já lhe tinha servido o pequeno-almoço. E este movimento repetia-se ao longo do dia, até que ao anoitecer ele regressava para o conforto da “família” e quase diariamente nos trazia um presente (um rato, ou um passarito, ou um coelho, e até uma cobra), como agradecimento do postigo.

Justine

7 comentários:

M. disse...

Bem o compreendo: nem que a possibilidade de ser livre seja apenas através de um postigo, vale a pena viver e ser generoso para com aqueles que lhe proporcionaram essa liberdade.

Margarida disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Margarida disse...

Bem lembrado, Justine. Exactamente como a minha Raposa, que sai e entra quando quer, é livre de ir e de voltar. Mas até hoje, c/ 12 anos, sempre voltou. Também ela traz ratinhos, pássaros ou lagartixas. Cobras não me parece que seja o seu prato favorito. São uns queridos... E uns espertalhões...

Anónimo disse...

está gira a fotografia, um postigo ao nível e de uso exclusivo do gato

bettips disse...

Uma lembrança bonita desse gato dos orientes, esse furtivo encantador dos donos.

Anónimo disse...

Em Alenquer chamavamos gateira. Os gatos entravam e saiam quando queriam. Eram livres
Luisa

Anónimo disse...

Boa recordação de um gato de estimação, com postigo próprio.
Teresa