Lembro-me das histórias da minha infância e de como as fantasias de então se tornam realidade, através dos tempos do conhecimento que vamos adquirindo. Andam todos por aí, maus, bons e assim-assim: a menina com o cestinho de bolos, o lobo mau, a avó velhinha na casa da floresta, o lenhador-salvador. É o que sinto de cada vez que vejo o mal que fazem às crianças. A fantasia torna-se verdade, na doença, nas guerras, no engano.
Nota: esta bonequinha em pano foi comprada em Arouca, há muitos anos. Foi feita à mão, de forma a virar-se ao contrário e encontrar a representação dos vários personagens intervenientes na história. E serviu, entretanto, outras crianças, a quem as avós contaram e embelezaram o velho conto de Charles Perrault (1628-1703), dado que, nestes tempos que correm, a história nunca seria considerada “politicamente correcta”…
Bettips
7 comentários:
O comentário fugiu. A boneca é amorosa gostava de ver as outras versões
Que bonito relato e que querida boneca. De certeza tem muitas histórias para contar. Ficam guardadas no cestinho...
Uma história de sempre, a do Capuchinho Vermelho, que me encantava e ao mesmo tempo me assustava. A fotografia é elucidativa, nas sua sombras e luz, um complemento para o que tão bem dizes no teu texto. Gostei muito dessas reflexões e comparações com o que se passa no mundo. E o modo como a boneca está feita, com as personagens dentro dela, disfarçadamente, reforçam a mensagem da história e das tuas palavras. A pessoa que a imaginou e fez foi muito criativa. Muito original.
Histórias que agora já não se podem contar mas a boneca é linda
Luisa
Gira a boneca e a ideia de se transformar noutras personagens da história. Gostei do texto.
Teresa
Tão verdade o que dizes. Conheço uma versão dessa boneca, que pertence à geraçã o dos sobrinhos netos.
A bonequinha é encantadora, será que ainda andam por aí as outras versões falsas??
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