Naquela aldeia de sempre nunca esgotei o prazer imenso de andar à solta. O meu silêncio caminhava lado a lado com a serenidade dos campos, apenas uma ou outra voz ouvida na distância, as horas marcadas pelo sino da igreja, o zumbido das abelhas nos girassóis de Van Gogh, as flores etéreas, o canto dos pássaros a espreitar as sombras no caminho dos fetos, o repouso das pedras no tempo velho, a imensa luz do sol a envolver os dias longos, vagarosos, sem pressa.
M

5 comentários:
Os lugares e o prazer da memória são a eternidade que ficou para trás, os dias longos.
Lembranças e sensações que ficam para sempre.
A "Maria" a dançar e a cantar no campo como no filme música no coração?
Texto excelente, M., apetece andar à solta nessa mistura de sons e de odores!
Gostei do texto e das fotografiss.
Teresa
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