terça-feira, setembro 06, 2011

A quem interessar



Caros amigos, amigos virtuais, conhecidos e desconhecidos,

O essencial:

A imagem que anexo contém o essencial (agradeço a sua consulta). Caso não seja do vosso interesse (ou mesmo sendo) ficaria muito agradecido se reenviassem este email a quem possa ter interesse em aprender a tocar piano ou que partilhassem nos vossos murais a imagem que coloquei no facebook:

A minha relação com a música e o que gostaria de fazer por quem queira aprender a tocar piano ou desenvolver essa prática:

Como muitos saberão sou arquitecto de formação e músico.
Dentro do vasto território que é a música persigo ou persigo-me no Jazz (por muitos motivos o primeiro dos quais é uma adesão instintiva e não racional: o jazz traz-me bem estar, faz com que me sinta bem).

Desde há muitos anos que procuro evoluir no Jazz e tenho procurado ajuda daqueles que melhor dominam a linguagem musical e em particular o Jazz ou para ser mais correcto alguns dos seus sub-estilos já que o jazz é muito vasto e diversificado: de tal forma que por vezes é difícil encontrar os seus limites. Porque a música como a linguagem verbal tem que ser aprendida com quem se expresse com correcção e já agora, sensibilidade, elegância, beleza (porque não?)... lembro-me de ter sido extremamente difícil encontrar quem me apoiasse nesse processo dentro das limitações que a minha situação de trabalhador (arquitectura)/estudante (música) me impunha, quem me desse aulas de piano.... Felizmente o atelier no qual me encontrava a trabalhar permitiu que frequentasse a Escola Luiz Villas Boas garantindo desta forma a aprendizagem de conceitos básicos que tenho praticado e desenvolvido.

Neste momento sinto-me apto a apoiar quem queira aprender a tocar piano, ou desenvolver essa prática. O repertório a explorar não terá que ser obrigatoriamente jazz pelo que deixarei ao critério dos interessados a escolha do tipo de música que lhes interessar (dentro da música erudita vulgarmente designada por "clássica" e do jazz) sabendo que através do piano se apreende teoria musical que será útil em qualquer estilo que se toque e qualquer que seja o instrumento adoptado: refiro-me ao reconhecimento de intervalos, quantificação rítmica, convenções de registo da música (a escrita musical), algumas noções de harmonia, escalas, técnicas de improvisação, transcrição de solos (o que interessar a cada um tendo em conta os objectivos que pretende alcançar).

Porquê tocar um instrumento musical?

Para as crianças:

- porque a música é uma linguagem. A criança já está em plena aprendizagem da linguagem verbal, tem todos os mecanismos mentais preparados para aprender também a expressar-se dentro da linguagem mais abstracta que a verbal, mas extremamente poderosa no que respeita às emoções que desperta que é a música.

- porque a criança pode ir o mais longe possível, tem tempo para atingir o mais elevado nível na prática do instrumento.

- porque mesmo que a criança não tenha uma vocação excepcional para a música e abandonar essa actividade mais tarde (porque não? na vida há que fazer escolhas), pelo menos muito provavelmente terá desenvolvido o seu gosto musical, ampliando dessa forma as formas de expressão musical às quais será sensível e de cuja audição retirará prazer e/ou outras emoções.

- porque através da música a criança aprende a não desistir e a trabalhar por objectivos: uma música por simples que possa parecer deixada a meio ou mal tocada não vale nada. A criança aprende a levar a até ao fim os desafios que se coloca, ou lhe são colocados. A prática musical incute: disciplina, sentido de responsabilidade e algum espírito de sacrifício - qualidades úteis para o seu futuro desenvolvimento. Convém no entanto que exista igualmente prazer da parte da criança na aprendizagem da música, prazer nas sucessivas conquistas.

Para os adultos

- por prazer... em certas alturas da vida reúnem-se condições para a prática do piano, poderá constituir mesmo a concretização de um sonho ou pelo menos de um projecto na gaveta. ex: um reformado que de um momento para o outro se vê sem responsabilidades (trabalho, filhos, etc...) e com muito tempo livre.

Nunca é tarde para começar se se tiver a noção do nível que é possível atingir dentro das circunstâncias - penso que será importante escolher um repertório cujas exigências técnicas não coloquem o executante numa situação de desconforto.

- porque é uma boa forma de passar o tempo - é intelectualmente estimulante, é barato (tirando o investimento inicial no instrumento e em formação pelo menos até adquirir as ferramentas necessárias a um desenvolvimento num regime de "autodidacta" o principal investimento será sem dúvida de tempo).

Ferramentas necessárias a um desenvolvimento num regime de "autodidacta":

- capacidade de recolher a informação que interessar (através dos discos, mp3, usando o ouvido e eventualmente escrevendo posteriormente), capacidade de ler pauta.

- capacidade de análise (especialmente importante para quem pretenda improvisar) - ex: depois de transcrever um solo, ter a capacidade de compreender a sua lógica (de que forma é construído, como evolui, onde começa e acaba cada frase e como se articula com as demais no discurso musical, de que forma se relaciona com a harmonia da música, questões rítmicas, dinâmicas) - só através da análise podemos aplicar os conhecimentos a novas situações e se possível integrá-los no nosso próprio vocabulário.

- porque fica bem a qualquer um saber tocar piano (porque não?): porque nos valoriza aos nossos olhos e aos dos outros.

- pelos outros - para lhes proporcionarmos momentos de bem estar tocando para eles (é uma oferta como um pensamento, uma piada, uma história bem contada, um almoço...)

- para finalmente cantar afinado - porque o piano pode ser um bom apoio a quem não for naturalmente afinado.

No hard feelings

Muitos daqueles a quem dirigi este email são meus amigos e por isso quero esclarecer o seguinte:

- Não existe qualquer espécie de compromisso em ter uma primeira experiência, essa experiência será paga e terá seguimento se for essa a vontade do eventual aluno. Não tendo seguimento ninguém perde muito: uns trocos e uma hora gasta para se descobrir que afinal não se quer apreender piano ou que se pretende experimentar outro professor - não há qualquer espécie de problema.

Eu assumo unilateralmente o compromisso de apoiar a concretização de objectivos a definir nas primeiras aulas e caso não possa por qualquer motivo dar satisfação a esse compromisso indicarei quem possa.

Acompanhmento ao piano

Nos últimos meses tenho investido muito em perceber como usar o piano para acompanhar outros instrumentistas nomeadamente a voz.

Ofereço por isso os meus préstimos a todos os solistas e cantores/as que queiram ser acompanhados/as ao piano (exclusivamente num registo jazz). Da mesma forma me disponho a ensinar esta modalidade importantíssima no piano a quem esteja interessado (neste caso tocarei sax alto ou caso interesse a todas as partes junta-se o aluno pianista a um solista)...

É tudo.

Obrigado pela atenção dispensada,

João Ornelas

1 comentário:

Zé-Viajante disse...

E com música se faz um belo post e se divulga uma ideia interessante.