Olho
a foto e que vejo? O misterioso trabalho do artista, que desejou
falar dos seus humores volúveis? Ou dos caminhos indizíveis da
vida, uns de cores alegres, outros quase negros? Ou de uma floresta
onírica? Ou apenas pintou uma explosão arbitrária de cor, sem
qualquer outro significado? Tudo é possível, na liberdade
expressiva do pintor. Eu olho, imagino e nada concluo…
Justine
6 comentários:
Belíssimo texto com imperativas
perguntas. A verdade da pintura
abstracta é a sua (discutível?)
abertura, autonomia, ser ela mesma e pouco mais.
Por isso é legítimo não se concluir nada a partir de um
objecto assim.
O que pensa o artista? O que pensamos nós que olhamos? Pode haver uma ponte ou um abismo.
... E é bom nada concluir deixando-nos com o prazer de adivinhar e imaginar.
Nada há para concluir...a pintura pode resumir-se ao gesto.
Teresa Silva
É isso, Teresa, o gesto: todos podemos imaginar expressões, da alma, do corpo, da natureza,
sem concluir o real, uma disposição do artista e a sua mão, como diz a Justine.
Olhar e imaginar. Talvez seja esse o propósito do artista. Deixar a liberdade para ver o que sentimos.
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