Que
dizer do amor e das suas liturgias sempre reinventadas, como esta do
cadeado amarrado, exposto, fechado? A chave é deitada fora, se
possível às profundezas do rio, e PARA SEMPRE são as palavras dos
amantes no instante congelado, como se a eternidade assim o
recebesse. O cadeado há-de enferrujar, o amor durará o tempo dum
suspiro ou duma vida. Talvez, quem sabe, o segredo esteja no fundo do
rio, preso ao corpo de uma chave.
Licínia
2 comentários:
Também lembraste bem: o amor tanto é uma chave como uma fechadura!
(desculpa o prosaico dizer a tão melodioso sentir; apeteceu-me!)
Texto belíssimo, Licínia!E o amor, com ou sem cadeado, é para sempre "enquanto dura"....
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