Ao descer o meu olhar sobre esta fotografia logo me ocorrem, por eles ou dentro deles, certas palavras de louvor ao espectáculo das folhas e dos troncos, primeiro plano, segundo plano, terceiro ainda verde e meio desfocado. E entretanto, ao centro, entre valores de luz e de sombra, suspensa de hastes secundárias, um plano feito de linhas em circularidades alinhadas, com garras similares presas por linhas laterais a vários pontos do contexto. Talvez possa lembrar um ser alienígena - ou, em termos mais prosaicos, uma rede de teia de aranha. Esta luz que atravessa e acentua os fios assim nos provoca. E isso também nos alerta para mudarmos, dentro dos olhos, as letras dessa branca teia: é quase certo que a teia é desenho digital e a aranha anda a tratar da vida.
Rocha de Sousa
1 comentário:
A natureza ensina-nos tanto, sempre que a sabemos observar!
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