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Perante a fotografia sobre estas palavras antecipo as reticências do texto de Nemésio e atrevo-me a corrigir – meu sonho, saudade, pretexto literário – que este homem já bem mais que maduro olha e fotografa, com olhos húmidos, a janela por onde entra o sol poente a dar luz e vida ao quarto onde, há 116 anos (a 21 de Janeiro de 1898), nasceu o pai.
E regresso ao autor das palavras justas e às reticências mais abaixo: «… A maior parte das coisas do mundo interior que levamos são dessa qualidade intransferível: têm essa só realidade unilateral, mesmo quando empenham dois lados, como por exemplo o amor.»
Zambujal
2 comentários:
Mas a ti festejam-te as janelas e as pequenas ervas. Porque soubeste guardar e tocar, com dedos e palavras, a memória.
Um lugar de transparência e transferência do passado. Belo.
Uma casa cheia!
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