Antes de o dia ir embora vestiu uma túnica rosada e eu acenei-lhe do alto da varanda do Museu Machado de Castro, radiante com a perspectiva de ser acordada na manhã seguinte por um sol generoso, disposto a fazer-me companhia no passeio a pé pelas ruas de Coimbra. Entendi o sinal que me era oferecido, ao jeito de serenata o quis pensar. Eu iria sentir a cidade de maneira diferente da véspera, com outros trajes me receberia e revelaria recantos desconhecidos, outros sons me chegariam aos ouvidos, seria outro o movimento.
M
4 comentários:
Seria... olhar a luz, a candeia do dia. E esperar o novo amanhã, o das revelações das cidades, agora vistas noutro anfiteatro. O da vida passante. Sempre é uma felicidade que só entendemos plenamente à posteriori...
Essa varanda do museu dá-nos uma Coimbra especial, qualquer que seja a hora do dia. Tu o dizes, no teu jeito suave e poético!
Belíssima vista com o encanto da serenata.
Nada é igual, na sucessão dos dias e das noites. Que bela a promessa de luz nas arcadas da tarde.
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