Dia
26 - Fotografando
as palavras de outros sobre
o excerto
(…)
Mas
ele já estava a descer a escadaria em direcção à praça. Ao longe
ouvia-se o tambor e, por revoadas, o rumorejo ondissonante da
multidão. As janelas do Clube dos Valetes de Paus estavam
inabitualmente encerradas. Nem os vadios que costumavam coçar-se
junto ao pedestal lá se encontravam nesse dia. Nem o homem do
realejo, nem os zíngaros com as suas rabecas mágicas. Um cachorro
atravessou a praça silenciosa, numa diagonal alegre, e nada mais
houve a contrastar o abandono daquele espaço.
Talvez fosse melhor esperar que tudo se consumasse, pensou Zoltan e encostou-se ao pedestal.
Talvez fosse melhor esperar que tudo se consumasse, pensou Zoltan e encostou-se ao pedestal.
O
VARANDIM SEGUIDO DE OCASO EM CARVANGEL, de Mário de Carvalho, Porto
Editora, pág. 79
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