Esta imagem trouxe-me o aroma e a beleza ímpar dos cachos de glicínias que chegam em cada primavera. E acudiram-me versos de Fiama e de Sophia.
Lembro estes, breves (Sophia de Mello Breyner Andresen):
Sob o caramanchão de glicínia lilás
As abelhas e eu
Tontas de perfume
As abelhas e eu
Tontas de perfume
Lá no alto as abelhas
Doiradas e pequenas
Não se ocupavam de mim
Iam de flor em flor
E cá em baixo eu
Sentada no banco de azulejos
Entre penumbra e luz
Flor e perfume
Tão ávida como as abelhas.
Doiradas e pequenas
Não se ocupavam de mim
Iam de flor em flor
E cá em baixo eu
Sentada no banco de azulejos
Entre penumbra e luz
Flor e perfume
Tão ávida como as abelhas.
Jawaa
1 comentário:
É isso mesmo, a Sophia sabia: "tontas de perfume"...
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