A todos desejo um 2016 ao gosto de cada um.
M
quinta-feira, dezembro 31, 2015
AGENDA PARA JANEIRO DE 2016
Agenda
para janeiro de 2016
Proposta
de Agrades
Dia
7 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Ve”
para formar as nossas palavras. A
palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e
exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre
ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a
mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a
sílaba pedida.
O
texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um
complemento.
Dia
14 - Reticências
com
a frase “Antes
que seja tarde”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
21 - Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia
de Agrades.
Dia 28– Fotografando as palavras de outros sobre o excerto
Dia 28– Fotografando as palavras de outros sobre o excerto
«O
silêncio é uma esteira onde nos podemos deitar.
Esteira
de poeira cósmica, se eu olhar de novo o céu escuro. Esse azul do
céu me lembra o chão do mar. Um mar, afinal, é só um deserto
molhado, em vez de homens e camelos, tem peixes e canoas a passear
nele. O deserto é parecido com o mar, o mar é parecido com o
Universo cheio de estrelas pirilampas.
O
deserto podia caber no peito do mar, o mar podia caber no corpo do
Universo, o Universo só pode caber no coração das pessoas.»
Uma
Escuridão Bonita,
Ondjaki, Caminho.
9. Zambujal
2. Benó
quinta-feira, dezembro 24, 2015
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Zambujal
Dia
24–
Fotografando as palavras de outros sobre
o excerto
«(...)
Aproxima-se a freira mais idosa, presumivelmente a madre, já serena,
embora com sinais de preocupação no rosto, Como podemos ajudá-lo,
meu filho? - pergunta numa voz suave, Indicando-me a saída e
emprestando-me algum dinheiro - responde ele.
Espere
um momento - diz a freira na sua voz suave, e encaminha-se para a
porta, depois pára, fixa o rapaz, corre os olhos pelas três
religiosas, duas delas muito jovens, parece reconsiderar,
reconsidera: Venha comigo - convida, sorrindo-lhe, seguem pelo
corredor que ele já conhece, de um nicho, onde uma Virgem Maria
sorri tristemente, a freira tira uma pequena caixa de madeira cujo
conteúdo, uma dúzia de moedas diversas, vaza nas mãos abertas do
foragido. É pouco, mas é todo o que temos - desculpa-se. (...)»
Aquela
Noite de Natal (pág.
63),
de
José
Casanova,
Editorial Caminho,
2005
10. Zambujal
5. Licínia
terça-feira, dezembro 22, 2015
quinta-feira, dezembro 17, 2015
AGENDA PARA DEZEMBRO DE 2015
Proposta
de Zambujal
Dia
24–
Fotografando as palavras de outros sobre
o excerto:
«(...)
Aproxima-se a freira mais idosa, presumivelmente a madre, já serena,
embora com sinais de preocupação no rosto, Como podemos ajudá-lo,
meu filho? - pergunta numa voz suave, Indicando-me a saída e
emprestando-me algum dinheiro - responde ele.
Espere
um momento - diz a freira na sua voz suave, e encaminha-se para a
porta, depois pára, fixa o rapaz, corre os olhos pelas três
religiosas, duas delas muito jovens, parece reconsiderar,
reconsidera: Venha comigo - convida, sorrindo-lhe, seguem pelo
corredor que ele já conhece, de um nicho, onde uma Virgem Maria
sorri tristemente, a freira tira uma pequena caixa de madeira cujo
conteúdo, uma dúzia de moedas diversas, vaza nas mãos abertas do
foragido. É pouco, mas é todo o que temos - desculpa-se. (...)»
Aquela
Noite de Natal (pág.
63),
de
José
Casanova,
Editorial Caminho,
2005
11. Zambujal
Um
caracol bisbilhoteiro. Apanhou-nos desprevenidos. Deve ter subido
para aquela posição rapidamente. Só assim podia ter sido. Sem lhe
termos visto o caminhar lento, que costuma ser arrastado e deixando
rasto viscoso. Não. Apareceu ali. À hora do almoço.
Quando
se levantam os olhos do prato para pousarem nos verdes.
Lá
fora.
E
apanha-se, assim, de repente, com um repentino caracol a espreitar.
No
almoço seguinte também. E no outro. Tornando-se o mistério do
caracol no vidro.
Mereceu
uma foto.
Feita
a tempo. Porque parece que, depois de descoberto e fotografado, tão
rápido como chegou se foi. Deu “às de Vila Diogo”.
Deixou
a recordação.
Zambujal
10. Teresa Silva
Bonita imagem toda em tons de azul alfazema e lilás, com referências ao interior e exterior. Uma madeira muito carcomida pelo tempo que dá um ênfase muito especial ao conjunto.
Teresa Silva
9. Rocha/Desenhamento
E
se nós
tivéssemos
uma casca destas em vez dos velhos sobretudos, gabardine, blusões,
gorros e botas de pele? Diz a nossa Constituição que um dos
direitos do cidadão português é a habitação. Bonito sermão para
os que pagam rendas e prestações ou para aqueles cuja habitação é
a rua e meia dúzia de cartões de embalagens derivadas de
electrodomésticos. Em boa verdade esta janela mostra-nos um ser da
Natureza (uma caracoleta) cujo passeio se está a fazer pela
deliciosa superfície do vidro. Se a janela estivesse aberta, o que
poderia ter acontecido naquele instante, a caracoleta podia
experimentar uma volta para o interior da casa e ficar colada ao
vidro, no lado de dentro. Isto é: um lugar novo, mais quente, e
também com vista para o exterior. Felizes são os nossos
dissemelhantes,
sobretudo aqueles que têm o direito à casa, casa intrínseca
e, além do mais, capaz de se deslocar à vontade do dono.
Rocha de Sousa
8. Mena M.
Ao
olhar no princípio da semana para a foto do Zambujal, pensei para
com os meus botões: nem a passo de caracol chegas a tempo ao PPP,
pois estive em Dresden, sem internet até à meia-noite de hoje,
quinta-feira.
Vejo
um bonito conjunto de sombras, luz e reflexos, que me quer parecer um
"entre ontem e hoje".
Amanhã
talvez o caracol ponha os pauzinhos ao sol!
Mena
Mena
7. M.
Acho
graça ao sentido prático destas criaturas. Reconhecendo-se de passo
lento, transportam com eles a casa, não vá o trajecto ser ainda
mais demorado do que o previsto e precisarem de descansar algures.
Bem gostava eu de os observar na tarefa de se recolherem em momentos
desses mas imagino que gastarão algum tempo a encaixar-se naquela
assoalhada em espiral. Espirais só conheço bem as dos meus
ouvidos que, de forma aleatória, interferem na normalidade da minha
vida ao ponto de quase me darem vontade de me agarrar ao chão em
busca de terra firme e rastejar à maneira dos ditos caracóis. Não
que queira imitá-los, longe disso, a ideia é tentar minimizar as
consequências das terríveis vertigens que, sei lá por que
desacerto na minha configuração auditiva, põem o mundo a rodopiar
e eu dentro dele em desequilíbrio acelerado. Aliás, um
desequilíbrio assaz desagradável e nauseado. Mas pelos vistos a tal
espiral da assoalhada não apoquenta os caracóis, nem sequer na fragilidade
calcária das suas conchas deixa mossas, presumindo eu que
proporcionará bom aconchego ao seu corpo mole. Enfim,
cada um tem a vida possível. Há quem embirre com eles pelas mais
diversas razões. Conheço algumas dessas embirrações e imagino
mais duas ou três quando oiço alguém usar com desdém a expressão
“Não vale um caracol” a propósito de qualquer coisa de somenos
importância. Uma opinião, claro, porque “cada cabeça sua
sentença”, para outras pessoas talvez possa valer muitos caracóis.
Singularidades do ser humano.
M
6. Luisa
Acabou o verão e
as tardes quentes no jardim ficam apenas na lembrança. A casa
abandonada deixa entrar a humidade, o vento e a tristeza do inverno.
Luisa
5. Licínia
Como
nós, tantas vezes, de nariz colado ao vidro, a tentar ver, a tentar
perceber o que se passa do outro lado. Só que a este bichinho mole
de casca dura não lhe basta um nariz, mas todo o seu longo, flexível
pé, sobre o qual se locomove, com a proverbial lentidão. Quando se
cansa da viagem, ali mesmo se encolhe, se enconcha, se cola. Se
alguém passar e disser, caracol, caracol, põe os pauzinhos ao sol,
ele sorri, manhoso, para dentro da casca, diz baixinho, só para ele,
aqui não está ninguém, e adormece, tranquilo, seguro, a ganhar
forças para amanhã voltar ao caminho, no seu passo lento, de
caracol.
Licínia
4. Justine
Em primeiro plano, um caracol que decidiu descansar na superfície fresca e macia da vidraça de uma janela antiga, usada, vivida. Em reflexo, um ambiente acolhedor de um recanto de jardim, diria num fim de tarde outonal e morno. A envolver tudo, a ternura de quem fez a fotografia e ama a casa!
Justine
3. Bettips
Só me apetece dizer, como em pequenina e porque acreditava: Caracol, caracol, põe os corninhos ao sol.
Bettips
2. Benó
O
caracol bisbilhoteiro trepou tão rapidamente quanto lhe era
possível, é preciso não esquecer que ele não tem pernas nem pés,
nem sequer mãos para se agarrar, mas como eu estava a dizer, trepou
e espreitou pela vidraça. Penso que devia ter gostado do que viu do
outro lado e parou. Além disso, o cansaço era tanto que ficou por
ali encolhido, metido dentro da sua casa, adormecido.
Pobre
caracol, creio que não se vai aguentar até à primavera.
Benó
1. Agrades
O
pachorrento caracol ao ver, através do vidro, uma cadeira de repouso
desocupada, resmunga: Dá Deus nozes a quem não tem dentes!
Agrades
quinta-feira, dezembro 10, 2015
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Zambujal
Dia
10 - Reticências
com
a frase “E
se nós”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
10. Zambujal
8. Mena M.
7. M.
5. Licínia
4. Justine
3. Bettips
E se nós fôssemos pastores? Tal como mostra o sorriso desta mulher, de botas cardadas, guiando o rebanho num qualquer monte recôndito, seríamos capazes de apreciar apenas o dom de ter saúde e estarmos vivos? É uma pergunta que me ponho a mim mesma. Conversámos, era feliz com o pouco que tinha.
Bettips
2. Benó
E se nós fossemos feitos de pedra bruta, nem pedra preciosa nem pedra trabalhada em belas esculturas que depois poderiam ser admiradas por gente entendida que até poderia vir de longe e olhava e remirava essa obra feita por mãos habilidosas?
Somos feitos de carne e osso mas há quem pareça ser feito de pedra.
Benó
quinta-feira, dezembro 03, 2015
AGENDA PARA DEZEMBRO DE 2015
Proposta
de Zambujal
Dia
10 - Reticências
com
a frase “E
se nós”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Zambujal
Dia
3 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Tra”
para formar as nossas palavras. O
texto que alguns de nós acrescentarmos é facultativo.
11. Zambujal
Trabalho
ATRAvés do TRAbalho se TRAça o reTRAto, ou melhor: o filme, do TRAjecto da humanização. Desde a mera colheita do que a natureza TRAzia até às esTRAdas da comunicação estratosférica (e por aí fora); da libertação da natureza à TRAma de relações e correlações sociais e suas esTRAtégias conflituantes e destruidoras, que se impõe TRAvar em nome da Humanidade.
Zambujal
quarta-feira, dezembro 02, 2015
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