quinta-feira, junho 23, 2016

2. Benó


Não sou adepta de vestir árvores, gradeamentos, postos de sinalização, com crochés sejam eles executados em simples buracos e cheios ou em trabalhos mais elaborados. No entanto, reconheço a habilidade de quem os executa e a paciência da aplicação, sabendo, contudo, que o sol lhes irá tirar a cor ou algumas mãos amigas do alheio os farão desaparecer de um dia para o outro.
Este arbusto encontra-se em Sagres, no jardim duma senhora bastante idosa que passa muito do seu tempo na confeção dos ditos crochés. Creio que esta é uma obra digna de figurar no nosso Jornal de Parede. 
Benó

3 comentários:

bettips disse...

Sim, a explicação convenceu-me - como a solidão pode colorir-se!

M. disse...

Eu também não aprecio que sufoquem as árvores, elas bastam-se a si mesmas na sua beleza natural. Mas também entendo o eventual sufoco que a senhora idosa poderá sentir e a necessidade de, como diz a Bettips, "a solidão pode colorir-se!".

mena maya disse...

aqui na Alemanha também há o hábito de no inverno enfeitar as árvores perto dos jardins de infância, com fitas coloridas, até que a Primavera chegue e encha tudo de cor e vida.
Neste caso trata-se da assim chamada 2a.infância e tal como à bettips e à M. também me comoveu este colorir de solidão.
Parabéns Benó, pelo teu jornal de parede!