quinta-feira, junho 08, 2017

7. Licínia



O mar poderoso sempre se renova em lençóis de sedução e ameaça. Afronta-nos com paredes de esmeralda subitamente erguidas. Ruge nas furnas e bate nos rochedos com estalos de chicote. Salta, abre leques de espuma, visita as varandas. Depois retira-se, acalma as cores, aquieta-se por instantes. E volta, volta, volta sempre, diferente, promissor de bonanças ou procelas, imprevisível, fantástico mar de ilhas perdidas. 
Licínia 
(Há alguns anos, Lanzarote à vista.)

4 comentários:

M. disse...

O mar da poesia.

mena maya disse...

O mar em todas as suas facetas, pela voz da poeta!

Justine disse...

tenho de acompanhar a opinião das amigas acima: é um lindo texto poético com ritmo marítimo!

Anónimo disse...

Que bonito este texto!