Quando é palavra de que a memória se serve para falar de si. Na minha cabe este pequeno presépio em cartolina fina que pertenceu à minha Tia Chanel. Na parte de trás reconheço a sua letra de adulta: Natal de 1944. Não faço ideia se o recebeu de presente, mas é-me fácil imaginar que se terá encantado com a graciosidade das figuras e o comprou. Não me admiro, gostava de coisas simples. Lembro-me de o ver pousado na velha cómoda do seu quarto durante as festas natalícias e da ternura que eu sentia dentro de mim ao olhá-lo. Trouxe-o comigo depois da sua morte aos 94 anos. Entre os poucos objectos guardados nas gavetas da cómoda estava o pequeno presépio das nossas vidas.
M
7 comentários:
O presépio é encantador, M., e quanto mais conheço a Tia Chanel mais gosto dela!
Madame Chanel... Gosto...
Estou como a J. Adoro essa senhora, simples e extravagante, para o seu tempo
Há marcas que são como estrelas no nosso viver. A tia Chanel também (nos) brilha às vezes.
(lembrei, por motivos idênticos, a avó Amélia da Luisa)
valor afectivo :D
és boa guardadora, cartolina com tantos anos, em bom estado, com o mesmo encanto.
Lembro-me bem das imagens em cartolina para montar. Muito bonito este presépio da Tia.
Teresa
Lindo este presépio da tia Chanel. Faz-me lembrar os presépios que montávamos em crianças em nossas casas. (Luisa)
posso entender a ternura que sentias ao vê-lo. Memórias de tempos dourados!
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