Dia
20
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de Mena.
quinta-feira, maio 30, 2019
AGENDA PARA JUNHO DE 2019
Proposta
de Mena
Dia
6 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “ba” para
formar as nossas palavras.
O
foco tem de estar todo, e apenas, na ligação entre a palavra que
escolhermos para a sílaba proposta e a fotografia que a expressará,
quer se trate de um objecto ou de um conceito.
Dia
13 - Reticências
com
a frase “Há
uma magia especial”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
20
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de Mena.
Dia
27 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
o poema
Tempo
Livre
Numa
tarde de domingo, em Central Park, ou
numa tarde de domingo, em Hyde Park, ou
numa tarde de domingo, no jardim do Luxemburgo, ou
num parque qualquer de uma tarde de domingo
que até pode ser o parque Eduardo VII,
deitas-te na relva com o corpo enrolado
como se fosses uma colher metida no guarda-
napo. A tarde limpa os beiços com esse
guardanapo de flores, que é o teu vestido
de domingo, e deixa-te nua sob o sol frio
do inverno de uma cidade que pode ser
Nova Iorque, Londres, Paris, ou outra qualquer,
como Lisboa. As árvores olham para outro sítio,
com os pássaros distraídos com o sol
que está naquela tarde por engano. E tu,
com os dedos presos na relva húmida, vês
o teu vestido voar, como um guardanapo,
por entre as nuvens brancas de uma tarde
de inverno.
numa tarde de domingo, em Hyde Park, ou
numa tarde de domingo, no jardim do Luxemburgo, ou
num parque qualquer de uma tarde de domingo
que até pode ser o parque Eduardo VII,
deitas-te na relva com o corpo enrolado
como se fosses uma colher metida no guarda-
napo. A tarde limpa os beiços com esse
guardanapo de flores, que é o teu vestido
de domingo, e deixa-te nua sob o sol frio
do inverno de uma cidade que pode ser
Nova Iorque, Londres, Paris, ou outra qualquer,
como Lisboa. As árvores olham para outro sítio,
com os pássaros distraídos com o sol
que está naquela tarde por engano. E tu,
com os dedos presos na relva húmida, vês
o teu vestido voar, como um guardanapo,
por entre as nuvens brancas de uma tarde
de inverno.
Nuno Júdice, in "Meditação sobre Ruínas", Lisboa, Quetzal Editores, 1996
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Margarida
Dia
30 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
“Descemos
um infinito de verde
Mergulhamos
num azul vestido de horizonte
Adormecemos
depressa.
Eu
sei, sou a última, isto tudo mexe comigo.
Mas
mesmo assim é depressa.
Depois
subimos a vertigem do gostarmos muito,
Com
as quedas a pique das decepções que aterram de repente.
O
sol, o verde e o azul parece se juntarem para nos pregar partidas.
E
com tudo isto ainda achamos que a Pimenta da Jamaica nos enche
de
vontade da descoberta
e
a canela nos adocica a memória na indolência da ilha.
O
nosso avião parte depois de amanhã.”
Cristiana
Tourais, Julho 2008
(O
texto é de uma grande amiga minha. Não há editora nem livro, há
apenas ideias, sentimentos e frases soltas.)
Em
termos gramaticais e de sintaxe este pequeno texto contém alguns
erros, que aqui foram deixados propositadamente. Quis fazer jus ao
texto original e à originalidade do texto. Quis parar o momento em
que foi escrevinhado, depressa, em cima do joelho, num guardanapo
quase rasgado de café, ao balcão da SATA, no aeródromo de S.Jorge.
Margarida
2. Bettips
quinta-feira, maio 23, 2019
AGENDA PARA MAIO DE 2019
Proposta
de Margarida
Dia
30 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
“Descemos
um infinito de verde
Mergulhamos
num azul vestido de horizonte
Adormecemos
depressa.
Eu
sei, sou a última, isto tudo mexe comigo.
Mas
mesmo assim é depressa.
Depois
subimos a vertigem do gostarmos muito,
Com
as quedas a pique das decepções que aterram de repente.
O
sol, o verde e o azul parece se juntarem para nos pregar partidas.
E
com tudo isto ainda achamos que a Pimenta da Jamaica nos enche
de
vontade da descoberta
e
a canela nos adocica a memória na indolência da ilha.
O
nosso avião parte depois de amanhã.”
Cristiana
Tourais, Julho 2008
(O
texto é de uma grande amiga minha. Não há editora nem livro, há
apenas ideias, sentimentos e frases soltas.)
Em
termos gramaticais e de sintaxe este pequeno texto contém alguns
erros, que aqui foram deixados propositadamente. Quis fazer jus ao
texto original e à originalidade do texto. Quis parar o momento em
que foi escrevinhado, depressa, em cima do joelho, num guardanapo
quase rasgado de café, ao balcão da SATA, no aeródromo de S.Jorge.
Margarida
11. Rocha/Desenhamento
10. Mónica
Um
amigo partilhou o site
https://www.youtube.com/playlist?list=PLRXstY5OaIwdMcpMaRsTz0jRwlD9x-NIM
que apresenta pequenos filmes de
introdução à filosofia como receita para melhorar os conhecimentos
sobre filosofia de alguns dirigentes políticos, quem sabe esses
políticos melhorem o seu modo de pensar, colmatem alguma ignorância,
despertem o interesse no conhecimento, e procurem aprofundá-lo, o
que vos parece, o conteúdo dos pequenos filmes recomenda-se?
Mónica
8. Margarida
7. M.
Duas propostas de visitas in loco que eu fiz e de que gostei muito. Os links abaixo são apenas para despertar a curiosidade.
1. Museu da Música Mecânica
1. Museu da Música Mecânica
2. Exposição de Fotografias no Palácio Anjos
quinta-feira, maio 16, 2019
13. Zé Viajante
D.
João V decide enviar ao Papa Leão X uma embaixada. Um sinal da
ostentação do Reino. O elemento mais destacado foi um elefante.
Elefante esse que, cansado de tudo o que carregava no dorso, deitou
por terra todas as riquezas. Aliviado, ao passar no Alentejo
profundo, lá foi tentar descansar na única árvore que viu. Sorte a
dele o monarca ter ficado em Lisboa. Do seu cornaca apenas levou uma
reprimenda. O banho que, no final da viagem, ele deu ao sumo
pontífice, não entra nesta história.
Zé
Viajante
11. Rocha/Desenhamento
Não
vejo nem África nem o elefante porque andei por lá nos anos 60 e
se é verdade ver aqui a grandeza e as solidões daquele continente
(Angola, no meu caso) a fotografia, dramatizada e apelativa na
exiguidade dos dois seres vivos ali presentes, numa surdez cromática,
será ainda uma imagem atrás da retina, ensombrando as nossas
memórias da grandeza e da imensidão de tudo e de quase nada.
Rocha
de Sousa
10. Mónica
Conheço
o arrepio de medo versus prazer de estar ali, a firmeza para segurar
a máquina fotográfica, enquadrar o elefante, a árvore, o capim da
selva africana, conheço do lado de dentro de um jeep, com um guia,
dentro de um parque natural, mesmo assim com quase todos os
imprevistos acautelados, um elefante é um elefante, mesmo bebé,
grande M!, ó que saudade.
Mónica
9. Mena M.
Ao
olhar a foto da Margarida surgiram palavras que muitas outras vezes
me povoam. Nascemos sós, estamos sós sempre que tomamos decisões
que ditam o rumo da nossa vida, o nosso
caminho, bem ou mal, somos nós que o fazemos e partimos sós na
nossa última viagem.
Há
ainda que dizer da harmonia que desta foto transparece.
Mena
5. Licínia
Uma
árvore solitária. Um elefante solitário. Talvez as cores originais
de uma presumível África, em que a cena acontece, amainassem a
impressão que a foto me provoca de um tempo que caminha para o fim,
no ritmo pesado e lento do elefante.
Licínia
4. Justine
Composição
perfeita: um primeiro plano de mato a dar-nos a imensidão do
horizonte; em evidência, o elefante sereno, no seu elemento natural;
ao fundo, o perfil elegante da árvore. Calor, silêncio, natureza
intacta, paz!
Justine
3. Isabel
Um
elefante sozinho e uma árvore solitária, no meio do nada, fazem-me
pensar na destruição progressiva da Terra.
Um planeta sem árvores e sem vida vai ser o futuro próximo, se não for feito nada para travar a destruição irreversível a que o estamos a sujeitar.
Mas eu acredito que os homens são mais inteligentes que isso... pelo menos alguns.
E que o planeta há-de sobreviver!
Um planeta sem árvores e sem vida vai ser o futuro próximo, se não for feito nada para travar a destruição irreversível a que o estamos a sujeitar.
Mas eu acredito que os homens são mais inteligentes que isso... pelo menos alguns.
E que o planeta há-de sobreviver!
Isabel
2. Bettips
Apenas
duas palavras me surgem ao olhar: imponência e solidão. Ambos, do
elefante e da árvore ao fundo, ideia e visão entrelaçadas.
Bettips
1. Agrades
Olhando
a foto, vejo a viagem do elefante; partiu de Lisboa e vai para Viena
de Áustria. O cornaca, que o acompanha, por uma questão de
privacidade, não permitiu a divulgação dos seus dados.
Agrades
quinta-feira, maio 09, 2019
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Margarida
Dia
9 - Reticências
com
a frase “E
debaixo daquela árvore”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
15. Zé Viajante
12. Rocha de Sousa
11. Mónica
E debaixo daquela árvore, “pau” como aqui se diz, elemento vertical com altura e copa, árvore sobrevivente, quase à beira-mar, muito raro naquele lugar, onde só restam espinheiros, alguma erva rasteira, calhaus, areia, tal a razia provocada pela procura desenfreada e carente de carvão, única forma de cozinhar os alimentos, está um homem vestido de calças de vinco, camisa de gola engomada, sapatos e meias brancas, a quem disse espera fica aí parado vou tirar-te uma fotografia estás bem vestido e camuflado.
Mónica
10. Mena M.
E debaixo daquela árvore se foi sentar ontem a Emilie, um pouco chorosa e visivelmente assustada, depois de ter sido atirada ao chão pelo Duke, o seu pónei, que por uma qualquer razão que desconhecemos, desembestou no picadeiro.
Uma boa escolha, pensei, ao observar que essa mesma árvore parecia ter uma asa protectora.
Mena
9. Margarida
E debaixo daquela árvore, no tempo dos bosques e das florestas encantadas, jazia a casa mais bonita do mundo. Era uma casinha feita de pedra, de pedra preta quente vulcânica, coberta de telhas velhas, algumas já partidas e gastas pelo passar das nuvens. Chovia lá dentro, era normal. Os ratos abrigavam-se como podiam e as princesas que lá viviam – as falsas, porque as verdadeiras já haviam voado há muito – corriam atrás deles, como se num carrossel brincassem. E era este rodopio incessante de roedores e filhas de reis que fazia a roda girar, que fazia a mó moer, que fazia a azenha rodar. E a farinha nascia.
Margarida
8. M.
7. Luisa
6. Licínia
5. Justine
4. Jawaa
3. Isabel
E debaixo daquela árvore sonhei o futuro. Alguns sonhos foram, outros não, porque a vida é mesmo assim.
Fomos nós que a plantámos e cresceu connosco.
Quando mudei de casa fui ao quintal despedir-me dela e de tudo o que ali vivi.
Não sei se ainda existe ou se a cortaram. E não quero saber, pois para mim continuará para sempre nas minhas brincadeiras de infância e no quintal onde fui feliz. A minha árvore!
Isabel
2. Bettips
E debaixo daquela árvore, pude calmamente fazer uma aproximação com a lente e ver mais de perto a decoração do Obelisco da praça, inaugurado em 1776, em honra de D. José I. É Vila Real de Santo António, uma das terras que melhor preserva o seu pequeno centro histórico, e cuja concepção geométrica muito nos lembra o Iluminismo e o Marquês de Pombal.
Bettips
quinta-feira, maio 02, 2019
AGENDA PARA MAIO DE 2019
Proposta
de Margarida
Dia
9 - Reticências
com
a frase “E
debaixo daquela árvore”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Margarida
Dia
2 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “fan" para
formar as nossas palavras.
O
foco tem de estar todo, e apenas, na ligação entre a palavra que
escolhermos para a sílaba proposta e a fotografia que a expressará,
quer se trate de um objecto ou de um conceito.
13. Zambujal
Um fantasma assusta o Mundo. Parece que uns fanáticos do passado (de viva la muerte!) querem reviver o que fez de tudo fancaria e farrapos, como o elefante que nos assustou quando para nós avançou como se estivesse numa loja de louça e nos ia fazer em fanicos. Não foi fantasia, foi um susto (ele) fantástico! (a foto é má?, que esperavam?, não sou fanfarrão!).
(acalmado pela Sin-FÁ-nia,
ou sinfonia em fá maior, de Brahms)
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