Proposta
de Mena
Dia
6 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “ba” para
formar as nossas palavras.
O
foco tem de estar todo, e apenas, na ligação entre a palavra que
escolhermos para a sílaba proposta e a fotografia que a expressará,
quer se trate de um objecto ou de um conceito.
Dia
13 - Reticências
com
a frase “Há
uma magia especial”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
20
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de Mena.
Dia
27 -
Fotografando
as palavras de outros sobre
o poema
Tempo
Livre
Numa
tarde de domingo, em Central Park, ou
numa tarde de domingo, em Hyde Park, ou
numa tarde de domingo, no jardim do Luxemburgo, ou
num parque qualquer de uma tarde de domingo
que até pode ser o parque Eduardo VII,
deitas-te na relva com o corpo enrolado
como se fosses uma colher metida no guarda-
napo. A tarde limpa os beiços com esse
guardanapo de flores, que é o teu vestido
de domingo, e deixa-te nua sob o sol frio
do inverno de uma cidade que pode ser
Nova Iorque, Londres, Paris, ou outra qualquer,
como Lisboa. As árvores olham para outro sítio,
com os pássaros distraídos com o sol
que está naquela tarde por engano. E tu,
com os dedos presos na relva húmida, vês
o teu vestido voar, como um guardanapo,
por entre as nuvens brancas de uma tarde
de inverno.
numa tarde de domingo, em Hyde Park, ou
numa tarde de domingo, no jardim do Luxemburgo, ou
num parque qualquer de uma tarde de domingo
que até pode ser o parque Eduardo VII,
deitas-te na relva com o corpo enrolado
como se fosses uma colher metida no guarda-
napo. A tarde limpa os beiços com esse
guardanapo de flores, que é o teu vestido
de domingo, e deixa-te nua sob o sol frio
do inverno de uma cidade que pode ser
Nova Iorque, Londres, Paris, ou outra qualquer,
como Lisboa. As árvores olham para outro sítio,
com os pássaros distraídos com o sol
que está naquela tarde por engano. E tu,
com os dedos presos na relva húmida, vês
o teu vestido voar, como um guardanapo,
por entre as nuvens brancas de uma tarde
de inverno.
Nuno Júdice, in "Meditação sobre Ruínas", Lisboa, Quetzal Editores, 1996
1 comentário:
Tão bom!
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