E debaixo daquela árvore, no tempo dos bosques e das florestas encantadas, jazia a casa mais bonita do mundo. Era uma casinha feita de pedra, de pedra preta quente vulcânica, coberta de telhas velhas, algumas já partidas e gastas pelo passar das nuvens. Chovia lá dentro, era normal. Os ratos abrigavam-se como podiam e as princesas que lá viviam – as falsas, porque as verdadeiras já haviam voado há muito – corriam atrás deles, como se num carrossel brincassem. E era este rodopio incessante de roedores e filhas de reis que fazia a roda girar, que fazia a mó moer, que fazia a azenha rodar. E a farinha nascia.
Margarida
3 comentários:
Bonita casa. Pena é haver ratos.... (Luisa)
Gosto destas casas escondidas e misteriosas. Pela cor da porta e pela descrição deve ser nos Açores...
Texto poético e misterioso, belo como a casa encantada!
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