quinta-feira, junho 13, 2019

4. Justine



Há uma magia especial numa casa em ruínas. Alguma obscuridade envolve sempre uma casa abandonada, parece que o sol se recusa a iluminar ruínas, mesmo que nelas caia a pique. E depois há o mistério das razões que obrigaram os habitantes da casa a sair: morte? separações? intrigas? desentendimentos? E as perguntas permanecem sempre sem resposta. Dá-se asas à imaginação e pode criar-se uma história de amor e felicidade ou um drama de dor e morte. Mistério, desconhecimento, beleza, decadência, criatividade, imaginação – tudo isto constitui a magia especial de uma casa em ruínas. 
Justine

8 comentários:

M. disse...

Também a mim me atraem as casas em ruínas para as quais tenho as mesmas perguntas e fantasias. Tão bonito o contraste dos malmequeres a espreitar.

Margarida disse...

Também eu gosto muito de casinhas abandonadas e ruínas mil mas encantam-me ainda mais as plantas, ervas e flores que as povoam. Essas não as abandonam!

bettips disse...

Quedo-me sempre, na ternura das coisas abandonadas, nas perguntas que te assaltam. Esta tem o encanto das linhas simples e as flores no (en)canto de diálogo.

Mónica disse...

vamos fazer o clube das fãs de casas em ruínas, tb penso nas razões de deixar chegar à ruína, em parte "crime" uma casa é um bem precioso. tb gosto da guerra q as plantas travam e vencem sobre a casa

Mónica disse...

imagino q recupero as casas vs como eram usadas

mena maya disse...

ah se essas paredes falassem…
Também tenho uma grande ternura pelas casas abandonadas, que como bem diz a Margarida, são abraçadas pela natureza.
Bela foto!

Anónimo disse...

... eh eh eh, agora deu-me vontade de rir o comentário da Mónica, clube das fãs das casas em ruínas! Quantos seremos? Fazemos como a raposa e as uvas...
A propósito: ao lado do prédio onde vivo, há um lote de 3 casas geminadas, estilo inglês, degraus de entrada, jardinzinho à frente, quintal atrás. Nada de especial mas LINDAS! Vi as últimas pessoas que habitaram duas delas. Isto há 40 e muitos anos. Estão totalmente arruinadas há décadas! Soube que um "construtor civil" das redondezas tinha comprado o lote. Dizem-me que "estão protegidas" por leis urbanas, não há licença de construção (até quando e quanto fica ali a render aquele terreno, numa rua principal?) e que só se desabarem os tectos e paredes... etc etc. O meu coração bate apressado sempre que vou à janela e as vejo, entaipadas, altivas na sua idade de pedra, cheias de gatos e pássaros. Adivinhando maquinaria. Já se lhes vê a estrutura, o tom do que foram quartos, escadas...
Não deveria ser possível deixar arruinar tão belos edifícios. Sobem-lhe os arbustos selvagens, sobram-lhe os anúncios para o bem-estar e os saldos.
Em contrapartida, no enorme espaço do que foram os STCP da Carcereira, não sei que negócio houve: abandonado anos, nasceu em meses um BRUTO, aliás mais que um, edifício, em V, em T, em L, eu sei lá, todo espelhado e enorme, tapa o sol. Diz que é para um centro de negócios. Os meus antepassados diziam "um negócio da China": só há poucos anos comecei a compreender... Desculpem-me a lenga-lenga a propósito de. Que nem sempre são histórias de heranças, desavenças: a maioria das vezes são histórias de ganância e de compadrio.
Abçs
bettips

Mónica disse...

não é fácil a solução para as casas em ruínas, às vezes nem o Estado toma bem conta dos seus imóveis quanto mais os privados