quarta-feira, dezembro 11, 2024

3. Justine

 

 

Aldeia / Cidade

Aqui nas ruas da aldeia passam alguns carros, muitas bicicletas e imensas pessoas a pé. O silêncio é quase permanente, ouvindo-se por vezes galos a cantar, cães a ladrar, e várias famílias de passarinhos alegram o ambiente com o canto dos seus chilreios. Quase todos os habitantes têm hortas com variados tipos de legumes, e eu tenho o privilégio de os provar, dizendo às vizinhas generosas que as suas batatas, e couves, e favas, e figos, e alface e ovos são deliciosos. Elas ficam tão felizes como eu, e com o passar do tempo a vizinhança transforma-se numa enorme família. Que bom é viver na aldeia!

Na cidade as coisas passam-se de outro modo: vamos a correr ao supermercado antes que feche, esperamos ½ hora pelo autocarro que nos leva em visita a casa de uma amiga, o ruído nas ruas é contínuo e é impossível atravessar um avenida nas horas de ponta! Os condutores discutem uns com os outros, ou porque não fizeram o sinal de mudança de direcção, ou porque passaram um sinal vermelho e as buzinas berram durante alguns minutos. As ruas de Lisboa são uma espécie de selva metálica…

Salvam-nos na cidade o cinema, os museus, as exposições, as conversas com os amigos… e a nossa paciência!

Justine

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