sábado, maio 08, 2010

Para a Teresa Silva, da Licínia




PARA A TERESA SILVA

«A minha salamandra envelheceu, a pele enrugou, as articulações
desgastaram-se. Já não aguenta o lume. Não admira. Foi uma longa vida de serviço à casa e a quem a habitou. Através do vidro deixava ver o fogo e o seu bailado de chamas rubras. Espalhava pela casa um calor bondoso que punha mansidão nas falas e brandura nos gestos. As paredes ainda conservam memórias dos serões da salamandra, como foram chamados. Ali permanece, com a elegância de uma velha senhora que tem um longo passado de horas calorosas e histórias desses tempos que conta a quem as quer ouvir.»

Licínia

3 comentários:

Anónimo disse...

É caso para apreciar que "ambas as três" são belas, nas suas memórias, nas suas funções e disfunções ... restam de grande consolo para o olhar.
Bjs da bettips

Licínia Quitério disse...

A Teresa não apareceu. It's an injustice, it is....bahhhhhh

Anónimo disse...

Licínia

É linda a tua salamandra, mesmo que já não possa dar calor...

Obrigada por a teres enviado e por ajudar a esclarecer as dúvidas

Um abraço, Teresa