Esta fachada é um compêndio de história. De facto, como diz a Maria Manuel, a rosácea, o olho, o sete, poderia ser... Raiz de muitas vidas e de muitos copos também, imagino. Até o acento grave na tabèrna é um mimo. Conta lá, Bettips, conta antes que eu me espalhe mais.
Tudo o que dizeis vós e eu pensei: é um bêco da Rua das Flores e uma taberna de vinhos e comes e bebes - a foto tem uns poucos de anos, às tantas até já não existe! Da ingenuidade do cartaz e da beleza da raíz do tempo marcada nas paredes e janelas. Nas raízes do Porto antigo, da sua identidade de casas oitocentistas, esta rua "das Flores" era atravessada pelos condenados à forca que desciam da Cadeia da Relação (actual Centro Português de Fotografia) para serem executados na Ribeira (séc. XVIII). Muitas vezes a percorri eu e a minha avó, a pé, nos anos 50 para ir às compras à Ribeira ou à Rua Escura. E uma quadra popular: "Adeus, cidade do Porto Adeus Rua das Flores De um lado só tens ourives Do outro tens mercadores" (Novos Guias de Portugal "Porto" de Helder Pacheco, Editorial Presença, 1984)
6 comentários:
Que ligação tens com esta Adega? Onde é?
Foram as raízes aéreas que estragaram a pintura? Houve para alí trepadeiras, não é verdade?
Agrades
Humm, aqui há gato... e é maçon... não? ;)
Esta fachada é um compêndio de história. De facto, como diz a Maria Manuel, a rosácea, o olho, o sete, poderia ser...
Raiz de muitas vidas e de muitos copos também, imagino. Até o acento grave na tabèrna é um mimo.
Conta lá, Bettips, conta antes que eu me espalhe mais.
Como um pergaminho, esta fachada! Com as raízes bem marcadas...
Tudo o que dizeis vós e eu pensei: é um bêco da Rua das Flores e uma taberna de vinhos e comes e bebes - a foto tem uns poucos de anos, às tantas até já não existe! Da ingenuidade do cartaz e da beleza da raíz do tempo marcada nas paredes e janelas. Nas raízes do Porto antigo, da sua identidade de casas oitocentistas, esta rua "das Flores" era atravessada pelos condenados à forca que desciam da Cadeia da Relação (actual Centro Português de Fotografia) para serem executados na Ribeira (séc. XVIII).
Muitas vezes a percorri eu e a minha avó, a pé, nos anos 50 para ir às compras à Ribeira ou à Rua Escura.
E uma quadra popular:
"Adeus, cidade do Porto
Adeus Rua das Flores
De um lado só tens ourives
Do outro tens mercadores"
(Novos Guias de Portugal "Porto" de Helder Pacheco, Editorial Presença, 1984)
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