Provavelmente teremos que fazer como a formiga rabiga e não ligar ao canto da cigarra, não acham?
Pronto, pelo menos deixo-vos alguns abracinhos. Guardem-nos nos vossos formigueiros. «Mais vale prevenir do que remediar».
M
quinta-feira, dezembro 29, 2011
AGENDA PARA JANEIRO DE 2012
Dia 5 - Provérbios Fotografados: «Os amigos e os caminhos, se não se frequentam ganham espinhos»
Dia 12 - Reticências com a palavra “Neblinas” a iniciar o texto
Dia 19 – Fotodicionário com a palavra “Tomate” escolhida pelo Rocha/Desenhamento
Dia 26 - Fotografando as palavras de outros. Desta vez é David Mourão-Ferreira o escolhido. Ao folhear o seu livro, encontrei esta ode que me lembrou uma viagem de eléctrico que fiz há pouco tempo. No conhecido 28 que atravessa uma parte de Lisboa e onde de certo modo senti, nas pessoas que nele viajavam nesse domingo de risos felizes em família, o desconforto que, suponho, será a sua realidade mais penosa nos outros dias da semana.
PEQUENA ODE A UM CARRO ELÉCTRICO
Colectivo sarcófago ambulante,
conduzes centos de almas, dia a dia
(ó morte desleal de cada instante!),
para a conquista pávida, incessante,
do envenenado pão do dia-a-dia.
Por isso te ergo a símbolo quase eterno,
ó provisória barca do Inferno!
Obra Poética (Tempestade de Verão), David Mourão-Ferreira, Editorial Presença, 2ª edição, Julho de 1996
Dia 12 - Reticências com a palavra “Neblinas” a iniciar o texto
Dia 19 – Fotodicionário com a palavra “Tomate” escolhida pelo Rocha/Desenhamento
Dia 26 - Fotografando as palavras de outros. Desta vez é David Mourão-Ferreira o escolhido. Ao folhear o seu livro, encontrei esta ode que me lembrou uma viagem de eléctrico que fiz há pouco tempo. No conhecido 28 que atravessa uma parte de Lisboa e onde de certo modo senti, nas pessoas que nele viajavam nesse domingo de risos felizes em família, o desconforto que, suponho, será a sua realidade mais penosa nos outros dias da semana.
PEQUENA ODE A UM CARRO ELÉCTRICO
Colectivo sarcófago ambulante,
conduzes centos de almas, dia a dia
(ó morte desleal de cada instante!),
para a conquista pávida, incessante,
do envenenado pão do dia-a-dia.
Por isso te ergo a símbolo quase eterno,
ó provisória barca do Inferno!
Obra Poética (Tempestade de Verão), David Mourão-Ferreira, Editorial Presença, 2ª edição, Julho de 1996
O desafio de hoje
As fotografias que abaixo aparecem com os nomes de cada um de nós ligados aos números de 1 a 14 são a nossa expressão por imagens de um poema belíssimo de António Gedeão de que gosto muito.
Que diria ele se visse as nossas interpretações?
Homem
Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.
Poesias Completas, (Movimento Perpétuo), António Gedeão, Portugália Editora, Colecção Poetas de Hoje, Outubro de 1964
Que diria ele se visse as nossas interpretações?
Homem
Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.
Poesias Completas, (Movimento Perpétuo), António Gedeão, Portugália Editora, Colecção Poetas de Hoje, Outubro de 1964
quarta-feira, dezembro 28, 2011
sexta-feira, dezembro 23, 2011
quinta-feira, dezembro 22, 2011
Natal de 2011
AGENDA PARA DEZEMBRO
E, restaurado de ideias que se apresentou o nosso pensamento neste dia 22 do mês de Dezembro, aqui fica a proposta para a próxima semana:
Dia 29 - Fotografando as palavras de outros sobre o interessante e muito belo poema de António Gedeão
Homem
Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.
Poesias Completas, (Movimento Perpétuo), António Gedeão, Portugália Editora, Colecção Poetas de Hoje, Outubro de 1964
Dia 29 - Fotografando as palavras de outros sobre o interessante e muito belo poema de António Gedeão
Homem
Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.
Poesias Completas, (Movimento Perpétuo), António Gedeão, Portugália Editora, Colecção Poetas de Hoje, Outubro de 1964
quinta-feira, dezembro 15, 2011
E porque parar é morrer...
Dia 22 de Dezembro
Fotodicionário com a palavra “Restauradores” escolhida pelo Zambujal
Fotodicionário com a palavra “Restauradores” escolhida pelo Zambujal
A cidade aos nossos olhos
E mais cidades haveria que os nossos olhos gostariam certamente de ter mostrado aqui. Em planos maiores ou mais restritos, em alegorias ou não, com mais ou menos cor, com jardins ou sem jardins, com mais ruas ou menos ruas, com mais ou menos casas, com ou sem varandas, com mais janelas ou menos janelas, fechadas ou abertas, com mais ou menos pessoas atravessando ruas ou passeando nelas com a calma possível entre as urgências dos transportes e do trânsito. Estas foram as nossas escolhas de hoje. Talvez porque, como nas cidades, o espaço no ecrã do Palavra Puxa Palavra é limitado. Mas não os nossos olhos, claro. Esses são capazes de conter viva a presença do mundo e de a partilhar com os outros.
Parabéns a todos!
M
Parabéns a todos!
M
"Cidade" por David Smith
quinta-feira, dezembro 08, 2011
17. Zé-Viajante
16. Zambujal
A lua…
São quatro quartos.
Que fazem um
e que, no caso, fazem uma:
uma lua!
Um dos quartos é novo, por estrear
e, por isso, tem pouco para contar.
Depois, cresce como é das leis do céu
e, como cresceu…,
de crescente passou ao quarto cheio.
Cheio é o terceiro quarto da lua,
o dos luares e dos poetas,
com patetas pelo meio.
Ora o terceiro
(podia ser o primeiro, o segundo
ou o quarto dos quatros…
depende por onde começar)
não dura eternamente,
logo começa a minguar
em forma de C p’ra enganar a gente,
até ficar minguante.
Que é onde o principezinho,
o nosso sempiterno menino e moço
pendurou o seu baloiço.
Zambujal
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