Não.
Não fechei a porta.
Aliás,
não gosto de fechar portas (nem janelas). Fui só ali, ali mesmo, ao
quintal, ver – ao vivo – que palavras me dá o olhar convocado
pela foto. Dá-me as palavras nostalgia
e tranquilidade.
Dá-me
a nostalgia do verão que passou e que deixou um tapete verde de
relva a recuperar, de folhas de cores suaves e tranquilas.
Dá-me
a tranquilidade na espera do inverno que vem ao encontro do meu
tempo. De ainda. De sempre.
Não.
Não fechei a porta. Fui só ali. Fui ver, também e mais longe, a
primavera nascida de uma neta.
Aqui
estou. No canto remanso.
Zambujal
4 comentários:
Parabéns pela tua primavera nascida neste outono a que não fechaste a porta. Sente-se a felicidade no teu canto remanso.
Canto remanso descanso e manso
Palavras que a tua porta entreaberta, tanto, me sugere. E parabéns pela Menina que já sentirá as flores da macieira!
Belo trecho de uma forma de estar
consigo mesmo, a porta nem aberta nem fechada.
E a vida é isto: a beleza das folhas mortas ao mesmo tempo que cresce a alegria de uma neta!
Tudo reflectido num texto belo, nostálgico e tranquilo...
Enviar um comentário