Não feches a porta, disse o guarda da fortaleza ao colega que ia embora e tinha acabado de fazer o turno da tarde.
- Mesmo que a quisesse fechar, não poderia, pois não tenho a chave, respondeu.
Tinha desaparecido a chave que, havia tantos anos, abria pela manhã e fechava à tardinha aquela porta enorme de acesso ao promontório. A Bettips tinha-a levado enfiada num arame com mais umas outras iguais na idade e tamanho, talvez, convencida que lhe serviriam para abrir as portas do céu.
Nunca mais apareceu a chave e creio que foi preciso mudar a fechadura ou a porta. Não sei ao certo.
Benó
- Mesmo que a quisesse fechar, não poderia, pois não tenho a chave, respondeu.
Tinha desaparecido a chave que, havia tantos anos, abria pela manhã e fechava à tardinha aquela porta enorme de acesso ao promontório. A Bettips tinha-a levado enfiada num arame com mais umas outras iguais na idade e tamanho, talvez, convencida que lhe serviriam para abrir as portas do céu.
Nunca mais apareceu a chave e creio que foi preciso mudar a fechadura ou a porta. Não sei ao certo.
Benó
8 comentários:
Um texto cheio de ironia! Gostei muito:))))
Ora aqui está o local do crime e o presumível criminoso indiciado. Felizmente, com a justiça que p'raí anda, a coisa resolve-se amnistiando-se todos entre si: quem vier atrás que feche a porta!
E também sabe-se lá se era cobre?
(engraçado, Benó...)
E hoje temos o II episódio do caso do molho de chaves ferrugento!
Com esta veia inspirada não sei onde vai terminar...
Viva a boa disposição!
Uma graça este texto tão bem imaginado, Benó. E uma fotografia belíssima.
Uma terrível porta que nunca mais se abriria se não soubessemos onde está a chave...
Ou talvez tenham mudado os personagens. Muito boa prestação, como agora se diz, Benó!
Mistério insondável!
M.J.Jara
Belíssima fotografia. Esta porta
é para estar sempre fechada.
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