É
sempre assim, neste tempo do calendário, neste lado do mundo. Um
arrepio nas vestes, uma pequena sombra no olhar, um pequeno ruído na
folhagem. Diz-se Outono, com as suas sílabas fechadas, e abre-se uma
arca de memórias de outros Outonos, de outros tapetes de verde e
cobre, noutros jardins onde passeou alguém como nós, dentro de nós,
riscando o saibro do chão com a ponta do sapato, a traçar a
fronteira do Verão que se ausentou, mas voltará.
Licínia
4 comentários:
O outono visto por ti é o adeus ao verão com as suas cores de fogo e calor. Gosto deste interpretação.
Lembraste-me uma menina, de escola em Outubro, "riscando o saibro" do recreio... e sem fronteiras no pensar.
Lindo!
Boa ideia de reescrever a foto-
grafia, reescrevendo sugestões
vindas da imagem fotográfica
E o ciclo repetir-se-á, com as mesmas e outras memórias...
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