Dia
20 -
Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia
da M.
quinta-feira, fevereiro 27, 2014
AGENDA PARA MARÇO DE 2014
Dia
6 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Can”
para formar as nossas palavras. O
texto que alguns de nós acrescentarmos é facultativo.
Dia
13 - Reticências
com
a frase “Um
pouco”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
20 -
Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia
da M.
Dia
27 - Fotografando
as palavras de outros sobre
o poema de Sophia de Mello Breyner Andresen. A beleza das suas
palavras sempre.
FINAL
Mas
na janela o ângulo intacto duma espera
Resolve
em si o dia liso.
Obra
Poética (Coral, Segunda
parte, IV, Final),
Sophia de Mello Breyner Andresen, Editorial Caminho, Outubro de 2010
O DESAFIO DE HOJE
Dia
27 - Fotografando
as palavras de outros sobre
os dois excertos abaixo transcritos.
«(...)
Estava a sentir a acção de emoções contraditórias, e precisava
de se agarrar ao que em si havia de melhor, os seus pensamentos mais
meigos acerca dela, pois de outro modo parecia-lhe que iria sucumbir,
ou simplesmente ceder. Sentia um peso líquido nas pernas quando
atravessou o quarto para recuperar as cuecas caídas no chão.
Vestiu-as, pegou nas calças e ficou um bocado com elas penduradas da
mão a olhar pela janela, a ver as árvores encolhidas pelo vento,
agora escuras e reduzidas a uma mancha contínua de um verde
acinzentado. Lá no alto havia uma meia-lua fumarenta, praticamente
sem brilho. O som das vagas a desfazerem-se na praia a intervalos
regulares interferia com os seus pensamentos, como um botão de
súbito comutado, e enchia-o de fadiga; as leis e processos
incessantes do mundo físico, da lua e das marés, que em geral pouco
interesse lhe despertavam, não eram minimamente alterados pela sua
situação. Este facto mais que óbvio era duríssimo. Como podia
conviver com eles, sozinho e sem ter quem o apoiasse? E como podia
descer e enfrentar Florence na praia, onde suspeitava que ela devia
estar? Sentiu as calças pesadas e ridículas na mão, esses tubos de
tecido paralelos, unidos numa extremidade, uma moda arbitrária de
séculos recentes. Parecia-lhe que vesti-las iria devolvê-lo ao
mundo social, às suas obrigações e à verdadeira dimensão da sua
vergonha. Uma vez vestido, teria de ir procurá-la. E por isso
demorava-se.»
«Quando pensava nela, ficava pasmado por ter deixado partir aquela rapariga com o seu violino. (...) Tudo de que ela precisava era da certeza do seu amor e de que ele lhe garantisse que não havia pressa, quando tinham a vida inteira pela frente. Amor e paciência - se ao menos tivesse possuído os dois ao mesmo tempo - por certo tê-los-iam ajudado aos dois. (...) É assim, não fazendo nada, que todo o curso de uma vida pode ser alterado. Na praia de Chesil ele poderia ter chamado Florence, poderia ter ido no seu encalço. Não sabia, ou não quis saber que, quando ela fugiu dele, segura na sua angústia de que estava prestes a perdê-lo, ela nunca o amara mais, ou mais desesperadamente, que o som da sua voz teria sido uma libertação, e que ela teria retrocedido. Em vez disso, permaneceu no frio e no silêncio virtuoso do fim daquele dia de Verão, vendo-a caminhar apressada pela praia, com o som do seu avanço penoso abafado pelas pequenas vagas, até se tornar uma mancha indistinta, um ponto a desaparecer contra a imensa estrada de seixos a brilhar na luz pálida do lusco-fusco.»
Na
Praia de Chesil,
Ian McEwan, Gradiva, Abril de 2007
6. Licínia
2. Benó
quinta-feira, fevereiro 20, 2014
AGENDA PARA FEVEREIRO DE 2014
Dia
27 - Fotografando
as palavras de outros sobre
os dois excertos abaixo transcritos.
NOTA: As fotografias que apresentamos nos desafios que as requerem têm que ser sempre da nossa autoria, nunca de outros. Penso que se tornam assim mais interessantes por nos exigir maior criatividade e dar um cunho mais pessoal às nossas participações.
NOTA: As fotografias que apresentamos nos desafios que as requerem têm que ser sempre da nossa autoria, nunca de outros. Penso que se tornam assim mais interessantes por nos exigir maior criatividade e dar um cunho mais pessoal às nossas participações.
«(...)
Estava a sentir a acção de emoções contraditórias, e precisava
de se agarrar ao que em si havia de melhor, os seus pensamentos mais
meigos acerca dela, pois de outro modo parecia-lhe que iria sucumbir,
ou simplesmente ceder. Sentia um peso líquido nas pernas quando
atravessou o quarto para recuperar as cuecas caídas no chão.
Vestiu-as, pegou nas calças e ficou um bocado com elas penduradas da
mão a olhar pela janela, a ver as árvores encolhidas pelo vento,
agora escuras e reduzidas a uma mancha contínua de um verde
acinzentado. Lá no alto havia uma meia-lua fumarenta, praticamente
sem brilho. O som das vagas a desfazerem-se na praia a intervalos
regulares interferia com os seus pensamentos, como um botão de
súbito comutado, e enchia-o de fadiga; as leis e processos
incessantes do mundo físico, da lua e das marés, que em geral pouco
interesse lhe despertavam, não eram minimamente alterados pela sua
situação. Este facto mais que óbvio era duríssimo. Como podia
conviver com eles, sozinho e sem ter quem o apoiasse? E como podia
descer e enfrentar Florence na praia, onde suspeitava que ela devia
estar? Sentiu as calças pesadas e ridículas na mão, esses tubos de
tecido paralelos, unidos numa extremidade, uma moda arbitrária de
séculos recentes. Parecia-lhe que vesti-las iria devolvê-lo ao
mundo social, às suas obrigações e à verdadeira dimensão da sua
vergonha. Uma vez vestido, teria de ir procurá-la. E por isso
demorava-se.»
«Quando
pensava nela, ficava pasmado por ter deixado partir aquela rapariga
com o seu violino. (...) Tudo de que ela precisava era da certeza do
seu amor e de que ele lhe garantisse que não havia pressa, quando
tinham a vida inteira pela frente. Amor e paciência - se ao menos
tivesse possuído os dois ao mesmo tempo - por certo tê-los-iam
ajudado aos dois. (...) É assim, não fazendo nada, que todo o curso
de uma vida pode ser alterado. Na praia de Chesil ele poderia ter
chamado Florence, poderia ter ido no seu encalço. Não sabia, ou não
quis saber que, quando ela fugiu dele, segura na sua angústia de que
estava prestes a perdê-lo, ela nunca o amara mais, ou mais
desesperadamente, que o som da sua voz teria sido uma libertação, e
que ela teria retrocedido. Em vez disso, permaneceu no frio e no
silêncio virtuoso do fim daquele dia de Verão, vendo-a caminhar
apressada pela praia, com o som do seu avanço penoso abafado pelas
pequenas vagas, até se tornar uma mancha indistinta, um ponto a
desaparecer contra a imensa estrada de seixos a brilhar na luz pálida
do lusco-fusco.»
Na
Praia de Chesil,
Ian McEwan, Gradiva, Abril de 2007
11. Zambujal
As flores quase vermelhas dentro de um vaso, as palavras contidas em um A5. Envasados os ciclâmenes e, ao serem olhados, a quererem mostrar-se livres e frescos; contados os caracteres para que as palavras tenham a medida certa e, quando lidas, tudo digam.
Outras seriam as mesmas flores se plantadas “no vento que passa”, outras palavras seriam se para darem risonhas “notícias do bloqueio”.
“De mãos dadas, meu amor, caminhemos serenos”, segurem elas flores rubras e cantemos todos palavras de ânimo “ao sol desta canção”.
Festejemos, com palavras de alegria e com flores mais vermelhas, a ventura de há 40 anos estarmos entre os vivos e de vivos estarmos. Então e hoje.
Zambujal
Outras seriam as mesmas flores se plantadas “no vento que passa”, outras palavras seriam se para darem risonhas “notícias do bloqueio”.
“De mãos dadas, meu amor, caminhemos serenos”, segurem elas flores rubras e cantemos todos palavras de ânimo “ao sol desta canção”.
Festejemos, com palavras de alegria e com flores mais vermelhas, a ventura de há 40 anos estarmos entre os vivos e de vivos estarmos. Então e hoje.
10. Teresa Silva
Será que a Primavera já chegou e eu não dei por isso? Continua a chuva, o frio, o vento, mas o cyclamen, indiferente às intempéries, segue o seu calendário e dá-nos umas flores lindíssimas, de uma cor única. Flores muito bem captadas nesta imagem.
Teresa Silva
9. Rocha/Desenhamento
O
prazer de olhar para estas flores é devido ao facto de
as
ter dentro do olhar. Nem
sequer sei o nome da flor, ou a qualificação botânica dela e das
folhas que brotam dos caules. Passar do olhar ao ver é uma atitude
da nossa estrutura biológica, incluindo as projecções virtuais
da
imagem e da memória. Há as cores e as suas relações de contraste,
continuidade, temperatura.
Aqui,
na fotografia proposta, pode sentir-se também a geometria das linhas
implícitas
cujo
desenho resolve o contorno das aparências e a dinâmica imprimida
ao espaço: todas as cores maioritariamente quentes ocupam a área
situada à esquerda da diagonal descendente.
As
cores frias, vários tons de verde, à direita, contribuem para o
equilíbrio do «quadro». Daqui em diante, e com este critério,
haveria muitas leituras a fazer de forma integrada.
Rocha
de Sousa
8. M.
Uma fotografia de grande beleza a lembrar-me Stravinsky e o vigor da sua música no bailado O Pássaro de Fogo, num misto de cores vibrantes e gestos graciosos das bailarinas em movimentos dançados.
M
7. Luisa
"Colhe o ciclame uma vez na tua vida para aquela que amarás até à morte” (provérbio francês do Alto-Jura).
Luisa
6. Licínia
Um vaso com flores é um ramo de alegrias. Entre a terra e o nosso olhar diz cores que nos enfeitam os dias. Pede pequenos cuidados, umas gotas de água, um raio de luz, amenidade e companhia. Silenciosas, garridas, as plantas desenham caprichos e elegâncias. Tão pouco basta para que entre nós e um vaso de flores nasça uma furtiva cumplicidade, um regozijo pela beleza que tantas vezes nos foge, desatentos que somos.
Licínia
5. Justine
Alegria, diz-nos a foto num grito luminoso! Alegria por sabermos que vão acabar os dias cinzentos, por já começar a ver-se no jardim a exuberância dos cíclames, a elegância dos narcisos, a delicadeza das prímulas. Num quase arco-íris perfeito, que nos traz a certeza dos dias doces. Que chegue depressa a primavera!
Justine
4. Jawaa
Flor de corola pouco convencional - chamem-lhe ciclamen ou fúcsia - é sempre uma nota de cor a soar, uma alegria qualquer a acontecer, seja num vaso à janela seja perdido no quintal entre utensílios de jardim.
Jawaa
3. Bettips
Dançam aqui os ciclames num rosa luminoso e impossível, mistura de tons fortes nas suas asas de flor. Alegram-nos a um canto da casa e, por vezes, florescem no inesperado das estações, como se amigos nos visitassem de surpresa. Ficamos a saber que são flores também conhecidas como “ciclame da Pérsia” ou “ciclame de Alepo”, lugares que mudaram os seus nomes. Ainda haverá a alegria destas flores nas terras longínquas, castigadas de morte pelos homens?
Bettips
2. Benó
O cíclame é uma das muitas plantas que florescem para nos alegrarem nos dias cinzentos e frios do inverno. Sorriem em diversos tons mas este, fúcsia, alegra qualquer cantinho onde se encontre.
Benó
1. Agrades
Gosto de flores e também do corvo. Vaso, só de dia; não aprecio os de noite nem os de guerra. Cyclamen são flores bonitas que não me inspiram nada, nada...
Que fazer? Nada, vou nadar amanhã e esperar por quinta-feira para ver como os outros PPP descalçaram esta bota. Até quinta-feira!
Agrades
Que fazer? Nada, vou nadar amanhã e esperar por quinta-feira para ver como os outros PPP descalçaram esta bota. Até quinta-feira!
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
O DESAFIO DE HOJE
Dia
13 - Reticências
com
a frase “O
corpo”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
12. Zambujal
O corpo… e o espelho! Eis, senhoras e senhores, estimados espectadores, o grande espectáculo (senão o único…) do ser humano.
O face-a-face, o mano-a-mano, o cara-a-cara, o corpo-a-corpo até um desistir (e é sempre o mesmo, o deste lado).
Hoje, parecendo igual a ontem e igual a amanhã, mas com a certeza que o corpo de hoje é diferente do de antes de ontem, e que diferente será do corpo de depois de amanhã.
Eis, senhoras e senhores, meninos e meninas, o espectáculo do corpo. Do corpo a em-velho-ser. É de rir até às lágrimas, ou de chorar até às gargalhadas. Faça as suas escolhas porque não tem escolha.
E vivam os “flashs” que escondem mazelas e disfarçam sequelas.
Zambujal
O face-a-face, o mano-a-mano, o cara-a-cara, o corpo-a-corpo até um desistir (e é sempre o mesmo, o deste lado).
Hoje, parecendo igual a ontem e igual a amanhã, mas com a certeza que o corpo de hoje é diferente do de antes de ontem, e que diferente será do corpo de depois de amanhã.
Eis, senhoras e senhores, meninos e meninas, o espectáculo do corpo. Do corpo a em-velho-ser. É de rir até às lágrimas, ou de chorar até às gargalhadas. Faça as suas escolhas porque não tem escolha.
E vivam os “flashs” que escondem mazelas e disfarçam sequelas.
11. Rocha/Desenhamento
O corpo humano parece complexo, parece perfeito, por vezes muito belo. Diz-se com alguma simplicidade: o corpo, reportado à evolução das espécies, de Darwin, terá emergido de elementos básicos, entre longas e profundas conexões que caracterizam toda a Natureza e o modo como milhares de espécies, em meios diversos, se estruturaram à medida de milhares e milhões de formas vitais. Os povos antigos, as etnias que hoje se espalham por muitos continentes, sobretudo África, a África profunda, onde remotas populações tratam o rosto feminino de uma forma inusitada, com barros e plantas e flores, aparecem no esplendor de imagens como a desta fotografia.
Rocha de Sousa
9. M.J.Jara
8. M.
O corpo e os gestos imaginados de alguém nos objectos em repouso. Um outro corpo também, o das palavras. O pensamento desenhado em consoantes e vogais, ora curvas ora alongadas, abertas umas, contidas outras na expressão criativa da linguagem humana. Associações de ideias. Talvez porque a bengala me lembra uma letra que começou a ser escrita na folha pautada de um diário por fechar.
M
7. Luisa
6. Licínia
5. Justine
O corpo é esbelto, flexível, suave. Pode ser sombra ou luz. Pode estar tenso, e relaxado no momento seguinte. Os movimentos são elegantes, ora lentos ora rapidíssimos. Mas sempre elegantes. O andar é silencioso, doce como veludo, ou como água a correr. Ou então é um andar agressivo, orgulhoso, de senhor e dono. É um corpo perfeito. É o corpo do meu gato!
Justine
quarta-feira, fevereiro 12, 2014
3. Bettips
2. Benó
O corpo da letra mal definido, os próprios bonecos sem distinção de sexo são suficientes para perceber que o escrevinhador está no começo da aprendizagem do b-a-bá. Contudo, a mensagem da escrita mostra que esse mesmo escrevinhador apesar de incipiente na arte de caligrafar e de desenhar é possuidor dum grande afeto pelas pessoas a quem dedica o seu trabalho.
Benó
quinta-feira, fevereiro 06, 2014
AGENDA PARA FEVEREIRO DE 2014
Dia
13 - Reticências
com
a frase “O
corpo”
a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
13. Mena M.
O DESAFIO DE HOJE
Dia
6 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Ta”
para formar as nossas palavras. O
texto que alguns de nós acrescentarmos é facultativo.
NOTA: Com este desafio pretende-se que seja através da fotografia que se exprima a palavra escolhida. Uma espécie de duo, uma intimidade de significado, bastando-se a si mesmas no jeito de se oferecerem à nossa compreensão. Parece-me mais interessante assim por se tornar mais difícil. O texto, sem dúvida um complemento interessante, é facultativo. Vive à parte do principal.
10. Rocha/Desenhamento
Amedrontado
Atarefado como na tarde daquele dia soalheiro mas afinal bem triste, atarantado e amedrontado depois de toda a gente haver partido, destapando, enfim, todos os tarecos que me sobravam, só, tartamudeando o meu próprio medo, fugi também pelo atalho, sabendo que a peste matara quase toda a gente e tão cheio de sombras como nas ruas das cidades meio desertas.
Rocha de Sousa
9. M.J.Jara
8. M.
Estação
Lugar de partidas e chegadas, de encontros, de desencontros, de fantasias, de desacertos, de risos e sorrisos, de lágrimas, de mentiras, de segredos, de verdades, de diálogos, de silêncios, de solidão, de partilha, de espera, de pressas, de atropelos, de amabilidade, de cansaços, de rotinas, de aventuras, de descobertas, de observação, de reflexão, de leituras, de mistério. Assim as cores da vida. Assim as tonalidades da existência humana.
M
6. Licínia
Floresta
Era um caminho ao sol, a olhar os montes, perto e longe, que a distância
se mede entre a vista e o coração. Quem nos seguia, ou seguíamos, era a
mancha de floresta, a rasar-nos a sombra, a desdobrar-se em verdes e
dourados, persistente e prometedora de flores e de frutos. Podia
adivinhar-se um restolhar de bichos rente à terra, um adejar por entre as
copas. Íamos.
Licínia
quarta-feira, fevereiro 05, 2014
3. Bettips
Tentação
E estou nas escolhas.
Apetecia-me muito Manifestação, Tágides, Contaminação.
Manifestação era para dizer coisas aceradas e aguerridas: por ex. todos colocarmos uma vela por cada criança que desapareceu/foi raptada, por cada jovem que morre estupidamente, por cada velho que vive e se fina só, por cada um dos portugueses que emigram para encontrar oportunidade de "viver".
Tágides: faltam-me as ninfas como as imagino.
Tágides: faltam-me as ninfas como as imagino.
Contaminação: era uma foto chocante, bastante "contaminada".
***
Contudo, nas viagens apareceu-me esta, bem disposta (coisa que não estou).
Ao jeito de cartilha: Tentação
Tínhamos andado para cima e para baixo pelos montes louros, as pedras vermelhas, os caminhos de terra onde a poeira nos perseguia, os cursos de água (ribeira de Múrtega) e povoações com nomes extraordinários (Preguiça, Safara, Pisanito, Vale Vinagrinho...). Tínhamos voltado atrás depois de uma indicação de “parque natural” que, àquela hora da noite, era demasiado natural para aventuras. No silêncio, ouvíamos o restolhar dos bichos, a respiração ofegante do sol correndo para o ocaso e a solidez do escuro que nos cercava.
Dos apontamentos que me acompanham nestas jornadas ao desconhecido, surgiu a Tentação. Esta.
Dos apontamentos que me acompanham nestas jornadas ao desconhecido, surgiu a Tentação. Esta.
Bettips
2. Benó
Fortaleza
A Fortaleza de Sagres é o monumento nacional que mais visitas recebe ao longo do ano. A sua entrada é paga, salvo para os habitantes e os nascidos no concelho. Podemos imaginar os proventos que a Direção Regional da Cultura do Algarve não arrecada. No entanto, o aspeto de abandono e a falta de manutenção destas paredes edificadas nos fins do sec. XVIII é notório. Estão previstas obras para beneficiação dos edifícios que se encontram no seu interior assim como para uma melhoria do aspeto geral desta fortaleza orgulho das gentes desta terra. Aguardemos, pois.
Benó
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