O
prazer de olhar para estas flores é devido ao facto de
as
ter dentro do olhar. Nem
sequer sei o nome da flor, ou a qualificação botânica dela e das
folhas que brotam dos caules. Passar do olhar ao ver é uma atitude
da nossa estrutura biológica, incluindo as projecções virtuais
da
imagem e da memória. Há as cores e as suas relações de contraste,
continuidade, temperatura.
Aqui,
na fotografia proposta, pode sentir-se também a geometria das linhas
implícitas
cujo
desenho resolve o contorno das aparências e a dinâmica imprimida
ao espaço: todas as cores maioritariamente quentes ocupam a área
situada à esquerda da diagonal descendente.
As
cores frias, vários tons de verde, à direita, contribuem para o
equilíbrio do «quadro». Daqui em diante, e com este critério,
haveria muitas leituras a fazer de forma integrada.
Rocha
de Sousa
1 comentário:
Uma leitura "científica" da fotografia!
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