quinta-feira, fevereiro 12, 2015

9. Rocha/Desenhamento



Nunca te esqueças de que, naquele tempo, o escudo era a nossa moeda e o muro de Berlim ainda não tombara, nem deixava abrir caminhos à liberdade - ou simplesmente ao "outro lado". Não foi há muito tempo, não, e já tudo minimizou a Europa. Nunca te esqueças disso: guarda o euro como as moedas de cobre do antigamente. Finge que não sabes que a globalização vai acabar com a paz e as paisagens sepultadas por cidades mamutianas. Tudo voltará a ficar submerso por um oceano do tamanho do mundo. Nunca te esqueças. 
Rocha de Sousa

8 comentários:

M. disse...

O conhecimento do passado é iprescindível para entender o que por vezes não entendemos no presente.

M. disse...

"imprescindível", faltou o "m" no anterior comentário.

Luisa disse...

Quem me dera às vezes esquecer.

bettips disse...

NUNCA esquecer essa verdade como um murro.
Gostei da evocação e da fotografia.

agrades disse...

Tudo muda, nada permanece.

Justine disse...

Em tom mais ou menos apocalíptico, o teu texto! Mas infelizmente acabo a concordar com ele...

Licínia Quitério disse...

Mesmo o fim dos tempos anuncia um novo recomeço.

Sérgio Ribeiro disse...

Nunca te esqueças... do tempo e do seu percurso helicoidal. Na da voltará ao que foi.