quinta-feira, abril 28, 2016

AGENDA PARA MAIO DE 2016



Dia 19 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Jawaa.

AGENDA PARA MAIO DE 2016

Proposta de Jawaa
Dia 5 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaRi” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.
Dia 12 - Reticências com a frase “A voz” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia 19 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Jawaa.
Dia 26Fotografando as palavras de outros sobre


MAIO POR PERTO

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Justine
Dia 28Fotografando as palavras de outros sobre o excerto

“… Eu percorria lentamente esse extraordinário jardim de flores humanas, pensando que uma cidade, tal como uma pessoa, reúne as suas predisposições, os seus apetites e os seus temores. Cresce para a maturidade, produz os seus profetas, declina na senilidade, na velhice ou na solidão, que é ainda a pior de todas as coisas. Inconscientes de que a cidade está moribunda, os vivos continuam a sentar-se nas ruas, como cariátides sustentando a noite, com as dores do futuro pintadas nas pálpebras; …”
Justine” in Quarteto de Alexandria, Lawrence Durrell, editora Ulisseia, 1976

10. Teresa Silva

9. Rocha/Desenhamento

8. Mena M.



“... Eu percorria lentamente esse extraordinário jardim de flores humanas (...)”

7. M.

6. Luisa

5. Licínia

4. Justine

3. Bettips

2. Benó



“... Eu percorria lentamente esse extraordinário jardim de flores humanas, pensando que uma cidade, tal como uma pessoa, reúne as suas predisposições, os seus apetites e os seus temores.”

1. Agrades



... As dores do futuro pintadas nas pálpebras...”

quinta-feira, abril 21, 2016

AGENDA PARA ABRIL DE 2016

Proposta de Justine
Dia 28Fotografando as palavras de outros sobre o excerto

“… Eu percorria lentamente esse extraordinário jardim de flores humanas, pensando que uma cidade, tal como uma pessoa, reúne as suas predisposições, os seus apetites e os seus temores. Cresce para a maturidade, produz os seus profetas, declina na senilidade, na velhice ou na solidão, que é ainda a pior de todas as coisas. Inconscientes de que a cidade está moribunda, os vivos continuam a sentar-se nas ruas, como cariátides sustentando a noite, com as dores do futuro pintadas nas pálpebras; …”
Justine” in Quarteto de Alexandria, Lawrence Durrell, editora Ulisseia, 1976

O DESAFIO DE HOJE



Dia 21 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Justine.

9. Teresa Silva

Foram-se todos embora, mas esqueceram-se de desligar as luzes.

Teresa Silva

8. Rocha/Desenhamento

Confrontado com uma bela fotografia de interior (proposta por Justine) sinto uma curiosa relação entre o boneco encantatório à direita, como se me convidasse a entrar e a fruir o espaço longilíneo de que não tenho informação de usos mas sinto pleno, aberto à descoberta, à revelação seja do que for, entre funções, serviços, coisa de que se conhece o nome antecipado ou mal sabemos lá existir. A um olhar primeiro, num espaço aberto ao gesto bem respirado, expresso e aberto em sedução das superfícies polidas, dos brilhos que chegam de fora e ressaltam em vários planos da arquitectura. Sem saber (ou fingindo desconhecer) que corredor é este e aonde me leva, diria que ele se chama CONVITE e nos tenta anunciar BEM ESTAR.

Rocha de Sousa

7. M.

Ao olhar para esta fotografia, o que me salta de imediato à vista são os olhos espantados daquilo que me parece ser um avião de entreter meninos a quem tentaram dar um aspecto humanizado. Coitado, preso à parede por um fio eléctrico, contrasta com a sua própria natureza de voos livremente desejados.
Não aprecio estas máquinas. Acho-as enganadoras. E sempre que vejo crianças empoleiradas em cima delas (por vezes depois de uma luta terrível com os pais ou avós babados para conseguirem o que julgavam valer a birra), balançando para a frente e para trás sobre o ruído rouco de um motor que se desejaria real, fico a cogitar que pensarão elas na verdade. Divertimento limitado. Fantasias de adultos de telemóvel da última geração a postos para as selfies narcisistas da praxe com laivos de ternura à mistura. Questões de formatação, ou não vivêssemos nós numa época de formatações de tudo e mais alguma coisa.
Todo aquele ambiente dos centros comerciais é ligeiro, artificial, materialista, consumista, cansativo, esvaziado de silêncio. Não seria muito mais saudável as crianças passearem ao ar livre, correrem, apreciarem as cores que a Natureza lhes oferece, descobrir aviões a brincar às escondidas entre nuvens verdadeiras no céu e imaginarem-se dentro deles?
Estas máquinas que só se movem com euros e tempos marcados pelo negócio não me atraem. Para imaginar não é preciso gastar nem um cêntimo.
M

6. Luisa

Tirem-me as crianças dos Centros Comerciais!!! Levem-nas para as feiras ao ar livre onde poderão brincar com cavalinhos de madeira, moinhos de papel ou cadeirinhas de palha. (Põe-se-me a dúvida: ainda haverá tais artefactos???). 
Luisa

5. Licínia

São os espaços interiores onde a luz do Sol não entra, com as suas avenidas sem árvores, as suas lojas de ilusões. São as novas cavernas que Saramago tão bem observou, passeios de sombras, de gente desconhecida que nunca se conhecerá. São espaços emblemáticos duma modernidade asséptica, vivida no limiar da virtualidade. Um dia os espaços ficarão vazios, como ruas de cidade abandonada, e as pessoas voltarão ao Sol, ao vento, à percepção dos dias e das noites. 
Licínia

4. Justine

Vejo o corredor de um centro comercial igual a tantos outros. Vejo as montras de encantar adultos e o aparato de aliciar crianças. Vejo a iluminação fria, adequada e desumana.
Não vejo pessoas, as pessoas que compram objectos supérfluos ou que apenas passeiam o vazio dos dias. Não vejo o silêncio que se ouve nesses locais, apesar do ruído habitualmente ensurdecedor. Não vejo o local onde estou.
Houve, naquele momento que a fotografia registou, uma suspensão do tempo, uma ausência de espaço e uma fuga da realidade… para, rapidamente, tudo voltar ao quotidiano banal! 
Justine

3. Bettips

Todo este viver é uma passagem, somos muitas vezes nós que a tornamos mais artificial ou mais natural, escolhendo: entre centros comerciais e galerias, que nos prometem alegrias e brincadeiras várias mas são iguais em todo o mundo, ou as ruas, as paisagens, o ar claro, as pessoas, que serão sempre diferentes. Ali dentro da fotografia não chove, tudo brilha e, contudo, a solidão que se sente! 
Bettips

2. Benó

Apesar do chão brilhante, das montras a anunciarem as últimas baixas, de tantos outros apelativos que, certamente, terá, parece que os clientes escasseiam neste Centro Comercial. 
Benó

1. Agrades

Olho, miro, interrogo-me e o que vejo? Solidão e um ponto de fuga. O resto, a limpeza espelhada na imagem bem como o boneco sem crianças, são apenas acessórios. 
Agrades

segunda-feira, abril 18, 2016

Um presentinho


 
Já que estou tão parca de palavras, ofereço-vos a serenidade desta paisagem de que tanto gosto.
M

quinta-feira, abril 14, 2016

AGENDA PARA ABRIL DE 2016



Dia 21 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Justine.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Justine
Dia 14 - Reticências com a frase “Quando a noite” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

12. Zambujal



QUANDO A NOITE chega… é preciso acender o candeeiro para que se faça luz sobre as teclas do computador onde os dedos correm (e alguma sobeje para quem os faz correr). Mas, antes, ilumina-se, quase incandesce, a mancha vermelha dos restos do cravo de papel que me foi oferecido o ano passado pelos alunos do 6ºB da escola onde por estes dias vou voltar. Serão outros os jovens, terei eu mais um ano, contar-lhes-ei as mesmas histórias de outra maneira, com a mesma alegria de sempre que conto o 25 de Abril que vivi. E vivo! 
Zambujal

11. Teresa Silva



Quando a noite começa a cair, toda a paisagem muda. 
Teresa Silva

10. Rocha/Desenhamento



Quando a noite chega, uma espécie de cegueira escurece as coisas. Por vezes vem depressa, em certos dias de Inverno. E outras vezes, quando o Verão é anunciado, o sol esconde-se e a paisagem, nos vales de certas orografias, escurece e "apaga" em larga medida as covas dos bosques. 
Rocha de Sousa

9. Mena M.



Quando a noite se aproxima, a hora é de paz e grande beleza. A natureza recolhe-se, mas as grandes cidades nunca dormem. 
Mena

8. M.



Quando a noite se aproxima, o dia resguarda-se e as borboletas adormecem na doçura do corpo da menina. 
M

7. Luisa



Quando a noite se instala, instalo-me também. 
Luisa

6. Licínia



Quando a noite se anuncia, ponho os olhos no céu, em despedida e louvor ao dia solar, em boas vindas ao tempo nocturno. É o que faço à minha janela aberta ao mundo. 
Licínia

5. Justine



Quando a noite cai é como se se entrasse numa outra realidade. De dia, é uma praça mal tratada, fria e feia, com bancos degradados, caixotes de lixo virados por gente ou por bichos, e velhos pobres, tristes e sós vivendo de memórias, mas procurando, nas conversas com os outros, ainda um vínculo com a vida. Quando a noite cai tudo isso desaparece, e a praça transforma-se num cenário de silêncios, beleza e mistério… 
Justine

4. Jawaa



Quando a noite abre o seu colo e aninha o astro que nos deu luz, uma outra vida se acende nas trevas, nos campos, nas cidades, nos seres. 
Jawaa

3. Bettips



Quando a noite ou mesmo a penumbra se instala connosco, bastaria a simples visão de algo branco e esperançoso para nos animar um pouco. Mesmo não sendo uma vela acesa, poderia ser um sorriso ou uma palavra... 
Bettips

2. Benó



Quando a noite chega carregada de negro pinta de escuro todos os habitantes do Jardim. 
Benó

1. Agrades



Quando a noite vem e o sono chega, durmo regalado nesta nuvem de algodão. 
Agrades

quinta-feira, abril 07, 2016

AGENDA PARA ABRIL DE 2016

Dia 14 - Reticências com a frase “Quando a noite” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.

O DESAFIO DE HOJE

Proposta de Justine
Dia 7 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaLe” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.

12. Zambujal



                              LEvantado do chão 
                 em edição italiana

11. Teresa Silva



                           Elevador


Durante 4 anos usei diariamente este elevador. Quando não estava avariado... Mas o elevador era um encanto, com um banco forrado a veludo já muito velho, e subia devagar.

Teresa Silva

10. Rocha/Desenhamento



                    Letras
  
LEMOS E LEVAMOS LEVIANAS LETRAS NO LEVE E LEDO ENLEADO LETRISMO.

Rocha de Sousa

9. Mena M.



                        Leveza

8. M.



                   Elegância

Museo Nacional de arte Romano em Mérida.
 

7. Luisa



                     Legenda
 
Legenda tentadora. Não resisti.

Luisa

6. Licínia



         Galeria das minas do Lousal

5. Justine



                       Beleza

4. Jawaa



            Gole(Vindima des-humana)

 
Esta fotografia foi tirada na vinha de uns amigos que há tempo falavam de uma nova máquina para recolher as uvas, apenas as uvas, e bastava uma pessoa para fazer toda a vindima. As explicações não me convenceram, nada como ir ver de perto.
É realmente um assombro o tamanho da máquina: tem 3 metros de altura e, ao passar pela vinha, faz estremecer a videira e recolhe as uvas, apenas as uvas, que despeja no fim de cada carreira por uns enormes tubos giratórios, para uns
dumpers que estão à espera. Há depois uma pequena equipa que percorre as ramadas para recolher um ou outro cacho que fica.
Infelizmente é para aí que se caminha, cada vez mais se substitui o braço do Homem.

Jawaa

3. Bettips



                       Leme
 
É presente, já passado. Desde criança que me lembro do "Molhe", nome popular da praia dele. E daquele barco meio submerso no verdete da água-bronze, o homem de chapéu esquisito, sempre fustigado pelos ventos.
O "Homem do Leme" é uma escultura de Américo Gomes (1934), uma homenagem aos pescadores e a sua bravura ao enfrentar o mar.
Fiquei a saber que por baixo deste asfalto, está a Ribeira de Nevogilde, canalizada. Por cima, desaguam carros e autocarros, portuenses ilustres ou não tanto, muitos turistas, os "espreitas", cães de passeio ou simples apreciadores de paisagens.
Outras coisas sei mas são passionais e antigas: só interessam à minha memória.

Bettips

2. Benó


  
                    Fole / Lenha

Duas coisas que ajudam a criar calor nos dias frios de inverno.

Benó

1. Agrades



                       Lebre

sábado, abril 02, 2016

AGENDA PARA ABRIL DE 2016



Dia 21 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Justine.

AGENDA PARA ABRIL DE 2016

Proposta de Justine
Dia 7 - Ao jeito de cartilha: Proponho-vos que usemos a sílabaLe” para formar as nossas palavras. A palavra que cada um apresentar tem que conter a sílaba pedida e exprimir a imagem que lhe foi associada com sintonia clara entre ambas. Se houver preferência por um conceito, a regra a aplicar é a mesma, ou seja, ele tem que ser expresso por uma palavra que tenha a sílaba pedida. O texto que alguns de nós acrescentarmos é apenas facultativo e um complemento.
Dia 14 - Reticências com a frase “Quando a noite” a iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia 21 - Com as palavras dentro do olhar sobre fotografia de Justine.
Dia 28Fotografando as palavras de outros sobre o excerto

“… Eu percorria lentamente esse extraordinário jardim de flores humanas, pensando que uma cidade, tal como uma pessoa, reúne as suas predisposições, os seus apetites e os seus temores. Cresce para a maturidade, produz os seus profetas, declina na senilidade, na velhice ou na solidão, que é ainda a pior de todas as coisas. Inconscientes de que a cidade está moribunda, os vivos continuam a sentar-se nas ruas, como cariátides sustentando a noite, com as dores do futuro pintadas nas pálpebras; …”
Justine” in Quarteto de Alexandria, Lawrence Durrell, editora Ulisseia, 1976

E DE NOVO UM MÊS DE ABRIL. ESTE EM 2016

 
Henri Matisse (1869 - 1954), Icare, de la série Jazz, 1943 - 1946 
Papiers gouachés, découpés, collés et marouflés sur toile 
Gouache on paper, cut and pasted on canvas - 43,4 x 34,1 cm - Musée national d'Art moderne - Centre  Georges Pompidou, Paris

 

O DESAFIO DE DIA 31 DE MARÇO

Aproveitando um momento de algum bem estar em que começo a reconhecer-me.
E agradecendo as vossas palavras amigas e desejos de melhoras.
 
Proposta de Bettips
Dia 31Fotografando as palavras de outros sobre o excerto
« O céu colabora na nossa vida íntima, vive connosco, acompanha-nos na mudança do nosso ser; é um confidente, é um consolador; invoca-se, fala-se-lhe. Olhar o céu, é, nos nossos climas, uma ocasião de viver; instintivamente voltamos para ele os nossos olhos. O poeta meridional, cheio de imagens e de cores, contempla-o; o burguês trivial admira-o; pela manhã, abre-se a janela e vai-se ver o céu! É um íntimo, sempre presente na nossa vida; o nosso estado depende dele; enevoado, entristece-nos; claro e lúcido, alegra-nos; cheio de nuvens eléctricas, enerva-nos. É no céu que vemos Deus... E mesmo despovoado de deuses, é ainda para o homem o lugar donde ele tira força, consolação e esperança.
A paisagem é feita por ele, a arte imita-o, os poetas cantam-no.
...»
O Egipto – Notas de Viagem, Relato da inauguração do Canal do Suez, de Eça de Queiroz (1845 – 1900), Alêtheia Editores, Julho 2015

12. Zambujal



«(…) à medida que foi correndo o dia, fomos vendo a cidade a acordar, aqui e ali diferente como se a viagem dentro do Cairo nos transportasse a várias cidades. Há uma cidade cinzenta, degradada, empoeirada; há a “cidade dos mortos”, um extensíssimo cemitério com 200 mil vizinhos-habitantes, vivos ou ainda sobreviventes; há a cidade dentro das mesquitas, onde se manifesta muita gente e com grande aparato policial às portas para que de lá não saia a manifestação anunciada; há, do outro lado das pontes, uma cidade que parece europeia (burguesa, comentámos nós (…).» 

(de viagem a Alexandria, 2010-antes da “primavera”) 

Zambujal

11. Teresa Silva

10. Rocha/Desenhamento



                                                  Céu

9. Mena M.



 «A paisagem é feita por ele, a arte imita-o, os poetas cantam-no.»

8. M.



«É no céu que vemos Deus... E mesmo despovoado de deuses, é ainda para o homem o lugar donde ele tira força, consolação e esperança. A paisagem é feita por ele, a arte imita-o, os poetas cantam-no.»

(Obra de José Rodrigues, Convento San Payo, Vila Nova de Cerveira)

7. Luisa

6. Licínia



"cheio de nuvens eléctricas, enerva-nos."