«(…) à medida que foi correndo o dia, fomos vendo a cidade a acordar, aqui e ali diferente como se a viagem dentro do Cairo nos transportasse a várias cidades.
Há uma cidade cinzenta, degradada, empoeirada; há a “cidade dos mortos”, um extensíssimo cemitério com 200 mil vizinhos-habitantes, vivos ou ainda sobreviventes; há a cidade dentro das mesquitas, onde se manifesta muita gente e com grande aparato policial às portas para que de lá não saia a manifestação anunciada; há, do outro lado das pontes, uma cidade que parece europeia (burguesa, comentámos nós (…).»
(de viagem a Alexandria, 2010-antes da “primavera”)
Zambujal
2 comentários:
Apetece sair da cidade e voar direito ao céu que, ao menos, aqui se apresenta limpo e azul.
Um contraste extraordinário, de cores e construções, "de baixo para cima".
E como disse? Napoleão das malas partes:
as pirâmides nos contemplam.
Das palavras, relevo a descrição do cemitério. Mas um cemitério enorme se tornou o Médio Oriente, palavras leva-as o vento, dizia-se!
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