Proposta
de Justine
Dia
26
– Fotografando
as palavras de outros sobre
o poema
As escadas
Toma, este é o meu corpo, o que sobe as escadas
em
direcção à tua escuridão, deixando-me,
ou
a alguma coisa menos tangível,
no
seu lugar.
Também
elas envelheceram, as escadas,
também
como eu, desabitadas.
Anoiteceu,
ao longe afastam-se passos, provavelmente os meus,
e,
à nossa volta, os nossos corpos desvanecem-se como terras
estrangeiras.
(Manuel
António Pina in Todas
as Palavras
poesia
reunida, Como se desenha uma casa, 2011, pág.359)
4 comentários:
Todos nós, com excepção da Jawaa por razões que entendo, interpretaram o sentido fundo, desencantado e triste deste poema de MAP através da metáfora mais "física" - as escadas. A Jawaa foi pelo lado menos "tangível"...o da escuridão!
Um abraço para vós todos e até para a semana
As escadas, da casa, dos vislumbres, dos bairros, de lugares que habitamos, nós e os nossos olhos.
Ia sugerir, se alguém ler e se recordar, que cada um de nós, em comentário, pusesse "ONDE" são os lugares que aqui nos mostram, todos tão diferentes!
Abçs
As minhas escadas são as da entrada para a Mãe d'Água no jardim das Amoreiras
As minhas escadas são as da entrada para a Mãe d'Água no jardim das Amoreiras
Enviar um comentário