Quando menos esperava, no meio do caminho tinha um bugalho. Não uma pedra, como no meio do caminho do Drummond de Andrade!
Quando vinha andando, e filosofando…, no meio do caminho tinha um bugalho.
Quando o meu pé ia terminar aquele passo para começar um outro, ainda me tentou dar-lhe um pontapé. Era tão redondo o bugalho do meio do caminho… Mas a pequenina folha de carvalho agitou-se como bandeira a pedir uma trégua. Peguei-lhe quase com carinho. Trouxe para casa o bugalho com a sua bandeira de paz, vieram juntos ao livro e aos papéis gatafunhados durante o almoço.
Está ali. A acompanhar-me, o bugalho que tinha no meio do caminho.
Zambujal
Quando vinha andando, e filosofando…, no meio do caminho tinha um bugalho.
Quando o meu pé ia terminar aquele passo para começar um outro, ainda me tentou dar-lhe um pontapé. Era tão redondo o bugalho do meio do caminho… Mas a pequenina folha de carvalho agitou-se como bandeira a pedir uma trégua. Peguei-lhe quase com carinho. Trouxe para casa o bugalho com a sua bandeira de paz, vieram juntos ao livro e aos papéis gatafunhados durante o almoço.
Está ali. A acompanhar-me, o bugalho que tinha no meio do caminho.
Zambujal
4 comentários:
Antes bugalho que pedra, que me perdoe o Drummond! Gosto muito das cores da fotografia!
Como não confundes "alhos com bugalhos"... e os papéis gatafunhados encontrarão a sua ordem, desta fotografia desprende-se apenas a simplicidade e as cores de coisas (in)comuns.
Adorei o texto e a foto!
Como um simples bugalho, no caminho, dá inspiração para um texto tão interessante!
A imagem e texto conjugam-se pela singeleza. Tocante, gostei muito.
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