quinta-feira, setembro 13, 2018

9. Mónica



Sem pensar duas vezes aceitei o convite para ir à conferência sobre “índios do brasil”, pensei eu que era este o tema, um desafio deixado no fb por um amigo virtual brasileiro, fui assim sem saber bem ao que ía, conhecia a galeria, era sábado e estava deprimida depois de ver o filme “mamma mia 2”, provavelmente o pior filme de sempre com bons atores, lá fui, sem pensar duas vezes, tinha que dar outro rumo ao dia, cheguei à hora, a conferência começou atrasada, esperou-se por quórum, em vão, mil e um problemas com a parafernália de apresentação, computador, projetor, que coisa tão improvisada, enfim, começou, o tema foi pedir a cinco artistas índios que comentassem o facto de haver duas múmias de crianças índias há cento e tal anos num museu em Lisboa, bom, foi surpreendente, eu não sabia de tais múmias e a resposta dos cinco artistas índios foi variada mas todos eles indignados porque as almas das crianças índias múmias andam a vaguear, e se fossem os teus filhos em múmias num museu em Marte? 
Mónica

5 comentários:

M. disse...

Impressionam-me as múmias, tenho dificuldade em olhar para elas, e uma das razões é pensar que são gente que viveu. Não sei explicar, talvez também uma questão de respeito pelo corpo que pertenceu a alguém mas de outra forma.

Anónimo disse...

Eu não me impressiono nada com múmias, especialmente se são "mesmo antigas", por ex. as egípcias. O que me impressiona é o hoje, plasmado ou mumificado. E a indignação dos ditos (índios ou artistas) e levarem-nos (ao engano da nossa civilização)a pensar o que eles pensam. Sim, até em Marte nos querem mumificar e há quem já tenha viagem marcada. Seria melhor (re) pensarem o PRESENTE.
B

Isabel disse...

Também não me impressionam as múmias (bem, na verdade só vi uma, já não sei em que museu...)

Mas para a Mónica parece que o dia não foi dos melhores...

Mónica disse...

pelo contrário Isabel, o dia acabou bem, fiquei a pensar no assunto das múmias das crianças :D

não percebo o comentário do/a B

pois é M, onde começa a nossa crença e termina a crença dos outros

Justine disse...

tanta informação interessante no teu texto, Mónica. Vou pensar em tudo, porque agora fiquei um pouco engasgada...