Estava guardada numa prateleira da sala de estar de uns amigos meus, entre os objectos que ali vivem em perfeita harmonia com os donos da casa. A delicadeza das formas, os desenhos, os tons, o requinte do fecho, a elegância silenciosa daquela peça cativaram-me. Achei a caixa linda e de imediato pensei no livro A História de Murasaki que gostei muito de ler. Dele retirei o excerto abaixo por encontrar uma ligação especial entre ambos.
« A áspera sebe faz a flor parecer ainda mais sozinha – não chegará a ver o orvalho outonal e nós não chegaremos a cansar-nos dela.
O poema saiu-lhe ao correr da pena, como se o pincel tivesse ligação com os seus pensamentos mais íntimos.»
A História de Murasaki, Liza Dalby, Gótica 2000, Sociedade Editora e Livreira, Lda.
M
5 comentários:
O livro é de delicadezas, assim como a caixa que mostra a tua fotografia, ela também delicada. Coisas orientais...
Que dizer? Preciosos momentos em que se lembram poemas e desenhos do Oriente. E se enredam fios do pensamento. "Não chegarei a cansar-me" desse livro de cabeceira que por vezes abro ao acaso. Quando preciso de saber que antes de nós havia mulheres que pensavam além da dureza e aridez dos seus dias.
Gostava de ter esta caixa (Luisa)
Bonita caixa.
Teresa
a caixa e o texto são a tua cara M.! gosto da fotografia cortada ao tamanho certo do objecto, sem "ruídos"
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