quinta-feira, outubro 11, 2018

12. Zambujal



Estava guardada…
para ser aberta e ser bebida quando eu nascesse;
depois, para quando nascesse o meu primeiro filho;
passou para quando nascesse o meu primeiro neto;
nos intervalos, foi estando guardada para algumas
              outras minhas relevâncias…
Agora, afinal esteve guardada para (não) ser aberta 
e (não) ser bebida quando eu deixar de… beber!

Zambujal

6 comentários:

Justine disse...

Gosto da ironia do texto!

bettips disse...

Entre sim e não, alguém há-de escolher!
Tínhamos, há mais de 50 anos, uma garrafa torta com 100 anos, de Porto velho... à espera do "canudo", à espera da reviravolta, da Revolução, à espera... sei lá de quê. Não veio o canudo, veio o 25 de Abril, muita hesitação (como sabeis) e passou o tempo. Quando os proprietários (meus pais) morreram, demos com ela esquecida: abriu-se e estava estragado (o vinho fino).
Conclusão: "carpe diem", se não vós, os vossos próximos, meus caros!

Anónimo disse...

Valerá a pena esperar? Eu abri-la-ia na primeira ocasião festiva (Luisa)

M. disse...

Sorri quando recebi este texto e continuo a sorrir porque acho muita graça a este tipo de brincadeiras.

Anónimo disse...

Gostei da composição fotográfica. Quanto ao texto não percebi a ironia, achei-o imbuído de um certo pessimismo.

Teresa Silva

Mónica disse...

gosto da toalha. conheço igual sina de algumas garrafas, mas nenhuma tão sem fim ahahah qdo fiz 40 anos comprei uma garrafa de porto tinto e outra branco para beber com uns amigos dos tempos do liceu e foram mesmo bebidas! mais tarde uma amiga pediu p arranjar mais daquele vinho e eu disse q já n havia :D por isso bebe lá isso antes q azede :DDDDD