Dia
21
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de Luisa.
quinta-feira, janeiro 31, 2019
AGENDA PARA FEVEREIRO DE 2019
Proposta
de Luisa
Dia
7 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “Pin” para
formar as nossas palavras.
O
foco tem de estar todo, e apenas, na ligação entre a palavra que
escolhermos para a sílaba proposta e a fotografia que a expressará,
quer se trate de um objecto ou de um conceito.
Dia
14 - Reticências
com
a frase “Há
quem”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
Dia
21
- Com
as palavras dentro do olhar sobre
fotografia de Luisa.
Dia
28-
Fotografando
as palavras de outros sobre
um extracto
do soneto O
Palácio da Ventura
de
Antero de Quental:
"Com
grandes golpes bato à porta e brado:
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!
Eu sou o Vagabundo, o Deserdado...
Abri-vos, portas d'ouro, ante meus ais!
Abrem-se as portas d'ouro, com fragor...
Mas dentro encontro só, cheio de dor,
Silêncio e escuridão - e nada mais!"
Antero
de Quental, Sonetos,
1956,
Couto Martins, Lisboa
quarta-feira, janeiro 30, 2019
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Licínia
Dia
31
Fotografando
as palavras de outros sobre
«A
voz das cigarras enlouqueceria qualquer um, eram elas as donas da
ilha e faziam questão de demonstrar o seu poder. Tantas as
linguagens que Omid conhecia e aí estava uma a que nunca prestara
atenção, a dos habitantes sub-reptícios do terreno. As línguas à
sua volta já começavam a ser familiares. Na Turquia convivera com
todos, contando as horas uma a uma, no pavor de ser preso. Como
todos, negociara a travessia, esperara noites e noites, acachapado
entre as sombras escusas de uma margem errada. Como todos, trocara
moedas por pedaços de pão e tâmaras, também por documentos. Até
as entoações, os sotaques, começava a distinguir, nos farrapos de
conversas, nos modos usados para acalmar as crianças que puxavam
insistentemente as saias das mães, fartas de atravessar caminhos que
as picavam, fartas de acreditar que o sonho mau estava a passar e que
a boa sorte as surpreenderia mesmo mesmo ao virar da esquina, ao
virar do barco.»
quinta-feira, janeiro 24, 2019
AGENDA PARA JANEIRO DE 2019
Proposta
de Licínia
Dia
31
Fotografando
as palavras de outros sobre
«A
voz das cigarras enlouqueceria qualquer um, eram elas as donas da
ilha e faziam questão de demonstrar o seu poder. Tantas as
linguagens que Omid conhecia e aí estava uma a que nunca prestara
atenção, a dos habitantes sub-reptícios do terreno. As línguas à
sua volta já começavam a ser familiares. Na Turquia convivera com
todos, contando as horas uma a uma, no pavor de ser preso. Como
todos, negociara a travessia, esperara noites e noites, acachapado
entre as sombras escusas de uma margem errada. Como todos, trocara
moedas por pedaços de pão e tâmaras, também por documentos. Até
as entoações, os sotaques, começava a distinguir, nos farrapos de
conversas, nos modos usados para acalmar as crianças que puxavam
insistentemente as saias das mães, fartas de atravessar caminhos que
as picavam, fartas de acreditar que o sonho mau estava a passar e que
a boa sorte as surpreenderia mesmo mesmo ao virar da esquina, ao
virar do barco.»
9. Mónica
Os acontecimentos do bairro da Jamaica vs https://www.wook.pt/livro/os-pobres-maria-filomena-monica/18910222
7. Margarida
Uma vénia ao circo
Sempre me fascinaram os circos.
Não tanto aqueles com leõezinhos e ursinhos alimentados por Pavlov, em pesados malabarismos, gincanas e saltos pseudo-mirabolantes, guiados por “Mr. Qualquer Coisa e sua Assistente”, esta habitualmente de perninha da frente levemente dobrada, escondendo envergonhadamente a de trás e de pézinho esticado.
Mas antes os outros. Ou não?! Tretas, todos eles me agradam!
Tenho muito respeito por esta arte secular. Por todos os motivos e mais alguns, que não cabem aqui nem agora.
Chegou às nossas salas de cinema a longa-metragem “O Grande Circo Místico”.
Uma ode ao circo, uma sentida homenagem aos seus actores, um prémio ao seu nome, um hino a esta arte. Numa co-produção e representação luso-franco-brasileira, este filme foi inteiramente rodado em Portugal, tem realização brasileira e conta com a participação do nosso maravilhoso Nuno Lopes, entre outros tantos maravilhosos. Vale a pena!
Principalmente numa sala também ela emblemática, secular, rica, bonita e, porque não, mística. Que tal no lisboeta Cinema S.Jorge? Fica o desafio.
Margarida
quinta-feira, janeiro 17, 2019
10. Teresa Silva
Cinco
cadeiras à espera dos actores. Enquanto estes não chegam fica uma
bela fotografia com sombras a destacar o cinzento e o lilás. Foi boa
a peça?
Teresa Silva
9. Rocha/Desenhamento
Está
no poder da escrita sugerir o que não pode viver dentro dela, antes
passa pelos nossos olhos
e alcança certa zona do nosso cérebro onde a percepção visual
acontece e se desdobra em mobilidade e nitidez entre o que
descortinamos e o que se consolida enquanto vida, no pensar a razão
e tudo o que, atrás dela, se transforma em actos significantes.
Assim o digo a propósito do desafio da fotografia proposta por
Licínia: o que permite imaginar-me a subir aquela espécie de palco,
escrutinando a sua singeleza para ali reinventar duas personagens de
Becket, ambos sentados à mesa, ambos esperando por Godot, entre
noites e dias.
João
Rocha de Sousa
8. Mónica
Cinco cadeiras e uma mesa num palco por pouco davam quatro casamentos e um funeral num filme, aquelas associações de palavras e frases que vêm lá dos confins do cérebro, sei lá porquê. A grande diferença é que não acredito que as cinco cadeiras e a mesa num palco produzam algo de jeito, que chegue aos calcanhares dos quatro casamentos e um funeral com um belo Hugh Grant a quem até se perdoam os devaneios. Não senhora! Dou mais por cinco cadeiras e uma mesa num descampado ou sob a sombra de uma árvore mal jeitosa, a convidar a um piquenique ou a uma suecada. Nesse palco, com essas cinco cadeiras e uma mesa estarão uns chatos duns atores, feios, herméticos, cheios de expressões dramáticas a discutirem o sexo dos anjos, numa língua que não será a minha porque nunca os entendo.
Mónica
6. M.
Como
uma paisagem. Horizontes que se abrem aos cinco sentidos e ao
pensamento. Podem ser assim as peças de teatro nas nossas vidas.
M
4. Licínia
Cena
aberta, como agora se faz no teatro. Na escuridão inicial, acontecem
efeitos de luz que vão configurando o cenário. Um tempo de espera
antes da entrada em cena de actores permite ao espectador alargar-se
em conjecturas sobre o que lhe será apresentado, imaginando a acção
que, se fosse o autor, ali poria em cena. Breve, breve, tempo para a
imaginação voar. A peça vai começar, a magia do teatro toma conta
de nós. Se eu escrevesse um texto sobre este cenário, chamar-lhe-ia
“Ausência”. Já o fiz, noutro lugar.
Licínia
http://sitiopoema.blogspot.com/2018/11/a-ausencia.html
3. Justine
Fotografia
limpa,
descarnada, quase austera na sua simplicidade. Contudo, há nela uma
harmonia, um propósito, um mistério: representará um palco com o
cenário preparado para os actores entrarem em cena? Será um estúdio
de televisão onde se prepara uma mesa-redonda? Ou qualquer outra
possível hipótese? Faltam-lhe as pessoas para responder às
perguntas. As pessoas ainda não chegaram, e é aí, no meu entender,
que reside o mistério e o encanto desta fotografia.
Justine
2. Bettips
“Dão-nos
bilhetes para o céu
Levado
à cena num teatro"...
Excerto
do disco "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", 1971,
de José Mário Branco, canção "Queixa das almas jovens
censuradas", poema de Natália Correia.
Bettips
quinta-feira, janeiro 10, 2019
O DESAFIO DE HOJE
Proposta
de Licínia
Dia
10 - Reticências
com
a frase “Nem
sempre”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
12. Zambujal
Nem
sempre…, nem nunca!
Nem
sempre passos em frente, nem nunca passos atrás;
os
passos em frente têm de ser consistentes e firmes,
os
passos atrás podem ser necessários
para que não se
perca tudo o conquistado.
Até que chegue o momento em que o passo em frente seja salto que transforme o mundo, nunca como fim mas para continuar a caminhada, com passos em frente e passos atrás.
Zambujal
10. Rocha/Desenhamento
Nem sempre nos podemos socorrer, contra o frio, com uma bela manta colorida, de belos desenhos geométricos, produto do nosso melhor artesanato. Um simples acidente de alergia o pode impedir ou a exposição à chuva e ao frio se a nossa casa for esventrada por uma tempestade de inverno, janelas quebradas, tudo a obrigar-nos, na quase solidão campestre, a pedir ajuda aos vizinhos mais próximos. Antes de rumarmos à casa dos vizinhos, tapámos tudo quanto foi possível, incluindo a manta molhada, e logo fomos, debaixo de dois grandes chapéus de chuva, bater de novo à porta dos amigos já prontos para este gesto solidário.
Rocha de Sousa
9. Mónica
Nem sempre os olhos veem o que está à vista, dizem que os olhos veem o que a memória e as imagens preconcebidas ditam (por isso é que somos capazes de caminhar às escuras dentro de casa), neste caso os meus olhos viram uma flor, uma papoila, num dia de vento em que a bandeira esvoaçava com toda a força e se ouvia o barulho do pano. Nem sempre a bandeira esteve ali. Não sei qual é a intenção de a hastear naquele sitio mas parece-me uma boa ideia, uma espécie de pelourinho da nação, num lugar privilegiado da cidade, em tamanho gigante, à vista de muito longe, gosto de passar por ali e ouvir o vento no pano e ver novas formas.
Mónica
8. Mena M.
7. Margarida
Nem sempre os bairros pobres são pobres.
Nem
sempre os seus prédios são feios, porcos ou maus.
Nem
sempre as suas gentes são escumalha iletrada, incapaz, parasita ou
ladra.
Por
vezes, nesses bairros, também existem projectos, artesãos, valores
e arte.
Porque
há o amor pelo bairro, o prazer de lá viver, a belezura que o
transfigura.
E assim se pinta de cor
a alma dos meninos do bairro pobre…
Margarida
quarta-feira, janeiro 09, 2019
6. M.
4. Licínia
Nem sempre nos lembramos que o nosso presente é a ponta do fio que temos na mão. A outra ponta ficou lá atrás, num sótão da memória ou no sótão da casa. Foi neste que recuperei do esquecimento o velhinho Spectrum que me entrou em casa há muitos anos, perante a minha curiosidade e admiração, sem perceber até onde ele me levaria. O que foi inovação é hoje arqueologia. Também eu.
Licínia
3. Justine
Nem sempre se valoriza o que de bom se pode encontrar em qualquer situação, mesmo na mais desagradável. O inverno, por exemplo, é tempo tristonho, com dias frios e sem luz que podem dar origem a princípios de depressões ou, na melhor das hipóteses, a sofrer constipações e agravamento das dores reumáticas. No entanto, em nenhuma outra época do ano podemos fruir do esplendor de uma romã madura!
Justine
quinta-feira, janeiro 03, 2019
AGENDA PARA JANEIRO DE 2019
Proposta
de Licínia
Dia
10 - Reticências
com
a frase “Nem
sempre”
a
iniciar o texto. Não esquecer a fotografia.
O DESAFIO DE HOJE (O PRIMEIRO DE 2019 E A IMPORTÂNCIA DAS SÍLABAS NAS NOSSAS VIDAS)
Proposta
de Licínia
Dia
3 - Ao
jeito de cartilha: Proponho-vos
que usemos a sílaba “
Lhe ” para
formar as nossas palavras.
O
foco tem de estar todo, e apenas, na ligação entre a palavra que
escolhermos para a sílaba proposta e a fotografia que a expressará,
quer se trate de um objecto ou de um conceito.
12. Zambujal
gaLHEteiros
(de
um diálogo na aldeia):
“…
gaLHEteiros?!…
esqueci-me dos gaLHEteiros… passa-mos aí, rapaz…”, “sim,
senhora mãe… q’ais quer?”, “… os de vidro… cuidado,
cuidado!!!, és mesmo desastrado!... se se partir, ‘inda levas uma
‘gaLHEta’, pá!”, “oLHE que não!, oLHE que não!... nã me
‘maLHE’… nã me bata!”, “eu nunca te bato, só te puxei a
oreLHEnita, foi só um raLHEte…”
Zambujal
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