quarta-feira, março 24, 2021

2. Bettips

As “Doidice” foram duas ou três nessa exposição de pintura que visitei em Serralves. Uma, a polémica levantada pela aquisição do espólio de um banco falido, burlas e vendas fictícias, de tantas obras do pintor catalão Juan Miró. A segunda, a fotografia que assinala o caminho para o lugar da exposição, na bela Avenida dos Liquidambares. A terceira, o encantamento de ver, além dos quadros e objectos do pintor, novamente por dentro, a tão bela Casa de Serralves. Estive lá, pela primeira vez, pelos finais dos anos 80, após a aquisição de toda a quinta pelo Estado, para ver uma exposição temporária intitulada “Viena 1900”. Nessa altura, ainda não existia o Museu de Arte Contemporânea.

Bettips

5 comentários:

Justine disse...

Estamos consonantes, Betty!
(Serralves, casa, museu e jardim - local de visita inevitável sempre que vou ao Porto)

Anónimo disse...

Um prazer que sentimos seja para ver Miró ou outro.
Luisa

Mónica disse...

não percebo a "doidice" numero 2: a fotografia a assinalar o caminho, já fiz zoom, podes explicar?
a casa de Serralves, o museu e os jardins é uma espécie de Gulbenkian de Lisboa

bettips disse...

"Doidices" eram três, como diz o texto, só quis mostrar o caminho. Percorrer a av. dos Liquidambares para ir à Casa de Serralves é embriagante, um cortejo de árvores imponentes, como sentinelas. Já imaginaste o que foi mandar construir aquela casa e aqueles jardins, entre 1931/1944? Há dinheiro que é empregue com bom gosto, neste caso o dinheiro da Indústria Têxtil nortenha. A história das vicissitudes da Casa é interessante.
Ainda por cima, com a condição de que não poderia ser "modificada". Aqueles terrenos da quinta são preciosos, têm uma localização única. E foi comprada pelo Estado, pela então Secretária de Estado da Cultura Teresa Patrício Gouveia, em 1986, o que eu considero "uma boa doidice" do tempo cavacal.
Já a Gulbenkian é de outra época, sem nenhum menosprezo pelo lugar e colecção excepcionais, antes pelo contrário. E lá está: dinheiro empregue com bom gosto por um homem do petróleo.
E tornar os espaços e a Arte acessível a todos é uma qualidade que eu aprecio muito. Vejo muitas vezes etiquetas das obras "doação de..." e acho bem. Seria capaz de fazer essa "doidice" se tivesse tal fortuna.
Abç

Mónica disse...

Ok, obrigada