Picasso sempre me despertou um vórtice de emoções: fascínio pela sua genialidade revolucionária, repulsa pelo modo como sempre tratou as mulheres, respeito pela obra que deixou e pelo contributo que deu à modernidade das artes plásticas.
Gosto da quase totalidade dos seus trabalhos, desde o desenho simples à pintura inovadora e às belíssimas esculturas e peças de cerâmica. Contudo, e apesar da admiração pela obra, nunca gostei do homem.
Talvez a minha leve, ténue, quase imperceptível simpatia pelo artista advenha apenas da minha imediata ligação dele com Paris, cidade que amo…
Justine
(fotografia do café Les Deux Magots, local de encontro de artistas e escritores)
6 comentários:
É sempre difícil desligar o artista da sua vida particular.
Luisa
E todos os outros, Justine. E Rivera e Rodin e ... dos que não sabemos e que era preferível não sabermos.
Licínia, deixa-me "defender" o Rivera: ele amou a Frida toda a sua vida, e por ela foi amado - e por ela foi traído também! Talvez por ela lhe ter pago com a mesma moeda eu não o deteste...
Um bate-papo muito elucidativo, aqui entre apreciadoras de gosto variado.
Esqueço o seu lado machista e a perdição por touradas... Além do seu outro "lado revolucionário", na arte e na vida, há a tal ligação de simpatia amorosa a Paris, uma das cidades de que também gosto. E a fotografia levou-nos LÁ!
Adoro esta fotografia! E que saudades me traz, estive uma vez ali sentada.
Quanto ao que dizes de Picasso e do seu relacionamento com as mulheres, claro que é abominável o que sabemos dele.
não conheço Paris, mas gostava!
eu e a Justine estamos na mesma luta anti-machismo, macho latino ou lá o que seja
Enviar um comentário