Passear ao ar livre tem sido liberdade vedada já lá vão alguns meses excepto, entre intermitências, permitir os chamados passeios higiénicos. Esses tenho eu cumprido para desenferrujar as pernas e arejar a mente, mas confesso que passear com boca e nariz tapados à força reduz o prazer de os fazer e corta a respiração que nas coisas belas da vida costumo sentir. Nas minhas curtas deambulações, entre árvores e flores, chamou-me a atenção o Olá que encontrei pintado em porta fechada de jardim aberto. Mudo, claro, o que se compreende perante a falta de gente em verdadeiros passeios ao ar livre de outros dias que eram nossos e deixaram de ser. Achei-lhe graça, é um aceno a quem passeia a sua solidão e um incentivo para se imaginar num futuro acompanhado a saborear um gelado à beira do lago.
M
4 comentários:
Projectemo-nos então para o futuro, em busca de equilíbrios no presente...
Um ano, M.
Higiénico, o caraças. Faz-me logo pensar nos cães e, ao mesmo tempo, as vacas na Índia.
A foto numa alegre saudação que faz apetecer um gelado: incentivo para o coração resistir, por mais voltas que lhe queiram dar.
Faz tristeza este OLA solitário
Luisa
Olá
Olá
Olá
Para quem passa, repara e ouve o cumprimento.
É pena estar fechado e não haver gelados, sabia bem comer um.
Olá
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