Gosto de “chegar de fora” e encontrar o sossego do mundo que se foi construindo: os livros, as músicas, os filmes, as fotografias expostas à memória intemporal, os tantos mapas e livros de viagem, os quadros, os “mascatos” (dizia a minha avó dos objectos inúteis…) de muitos lugares e ocasiões. O aconchego possível e conhecido.
Bettips
7 comentários:
Tenho a ideia que a M. tem uma estante parecida ehehehe gostei da palavra mascatos, vou procurar no Google
https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa-aao/mascatos cá está ganso-patola
Penso que "mascatos" seria uma corruptela de "Mascates" e pela informação na wiki, será gente/coisa sem valor. Há décadas e no meu meio, usavam-se palavras incríveis, lembro-me às vezes de muitas das quais só depois de crescida percebi a etimologia. Ouvia o som, havia recordações de gente que tinha estado na 1ª Guerra, nos brasis, e tudo isso passava nas conversas e histórias entre pessoas mais velhas. E eu estava sempre atenta ao que os mais velhos diziam.
Por ex., o meu avô paterno, que se tomava da pinga e eu mal conheci, levava-me bananas embrulhadas na última página do jornal "O 1º de Janeiro" que tinha sempre "O Reizinho" de O. Soglow, o que me deliciava. Pois diz-se que ele dizia "chien viens ici" e os cães vinham mesmo. Ora só no liceu aprendi francês e percebi o que ele dizia: para mim, tão pequena, era um nome bizarro para cão...
Agora que falas nisso, achei curioso que me saltasse ao pensamento essa palavra, ao escrever, sem mais nem menos. E outros pensamentos que aqui descrevo.
Abç
O nosso canto, as nossas memórias, a nossa vida em objectos.
É por isto que se gosta de chegar a casa e encontrar todas as pequenas peças que fizeram em qualquer momento a nossa felicidade
Luisa
A vida ao alcance das memórias.
Muito curiosa esta "desorganização" muito organizada.
Teresa
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