Poema de um eterno E(namorado)
Passeio Alegre Chegaram tarde à minha vida as palmeiras. Em Marraquexe vi uma que Ulisses teria comparado a Nausica, mas só no jardim do Passeio Alegre comecei a amá-las. São altas como os marinheiros de Homero. Diante do mar desafiam os ventos vindos do norte e do sul, do leste e do oeste, para as dobrar pela cintura. Invulneráveis — assim nuas Eugénio de Andrade (Rente ao Dizer, "Poesia" 1992) (Foto do Passeio Alegre, Porto) |
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Bettips
9 comentários:
Pela imagem o jardim promete, o poema não me soa a nada, referências culturais e outros que tais dedicados a árvores, tá bem.
Um enamoramento diferente, mas forte e compreensível! Eugénio tem sempre razão na sua poesia.
Eugénio, o enamorado de excelência.
Lindo o Passeio Alegre e os seus namorados
Luisa
Bela a tua escolha para responderes ao tema proposto.
Mónica: ali, do outro lado das palmeiras, havia a "casa", vivia Eugénio de Andrade e as suas palavras. Um legado de Amor.
Um enamorado do Porto, do passeio alegre e de palmeiras. Também gosto destas árvores.
Teresa
Eu amei esses lugares
onde o sol
secretamente se deixava acariciar.
Onde passaram lábios,
onde as mãos correram inocentes,
o silêncio queima.
Amei como quem rompe a pedra,
ou se perde
na vagarosa floração do ar.
Eugénio de Andrade
MATÉRIA SOLAR
Edição/reimpressão: 03-2015
Editor: Assírio & Alvim
Eugénio é sempre um poeta de amores e silêncios. Enamoramento e delicadeza.
Obg Mena
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